quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Desafios e perspectiva da política de Assistência Social são apresentados a gestores do Vale do Jequitinhonha


Encontro em Araçuaí acontecerá neste 28 de março.

Gestores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) de municípios da Região do Vale do Jequitinhonha, estarão reunidos, nesta quinta-feira (28.02), na primeira etapa do Seminário Novos Gestores do SUAS 2013-2016, que objetiva informar aos novos gestores sobre a política de assistência social e seu modelo de gestão.

O Encontro acontecerá no Colégio Nazaret, em Araçuaí, no  Médio Jequitinhonha, no nordeste de Minas.

O encontro, realizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE) em parceria com a Associação Mineira de Municípios (AMM), visa, sobretudo, apresentar um panorama geral sobre o SUAS às novas gestões municipais, conforme ressaltou a subsecretária de Assistência Social, Maria Juanita Godinho Pimenta.

“Tivemos uma mudança muito significativa em Minas Gerais: 70% dos nossos municípios trocaram os prefeitos. Quase que diretamente isso reflete nos cargos de secretários e, muitas vezes, nos deparamos com pessoas com pouca experiência na área da assistência social. Então, o seminário tem o objetivo de estreitar os laços entre estado e município, mostrar como está o painel do sistema na localidade e quais os desafios que teremos em conjunto nesses quatro anos de administração”, disse Juanita.

Para atender os 853 municípios mineiros, o seminário foi dividido em 19 etapas, a serem realizadas de forma regionalizada e vai até 28 de março. 

Além de receber informações sobre os recursos disponibilizados, indicadores locais e também sobre os desafios e expectativas a partir deste ano, os gestores vão receber o “Painel do SUAS Local”, diagnóstico que aponta a situação atual do Sistema Municipal de Assistência Social e o que pode melhorar em 2013.

Desafio

O secretário de Assistência Social de Sarzedo, João Batista Junior Gomes, que assumiu a pasta neste ano, destaca a importância do seminário no suporte aos novos gestores e ressaltou o desafio da nova administração. “O seminário informa sobre as ações da SEDESE, o que auxilia e completa as atividades no município. O principal desafio será disseminar o desenvolvimento social para que todos os usuários tenham acesso às políticas do SUAS”.

SUAS

O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é um sistema público que organiza, de forma descentralizada, os serviços socioassistenciais no Brasil. Com um modelo de gestão participativa, articula os esforços e recursos dos três níveis de governo para a execução e o financiamento da Política de Assistência Social, envolvendo diretamente as estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito Federal.

O Sistema é composto pelo poder público (União, Estado e Municípios) e sociedade civil, que participam diretamente do processo de gestão compartilhada.

Fonte: SEDESE, via Blog do Banu

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PREFEITURA RECUPERA NA JUSTIÇA ÁREA INVADIDA EM BAIRRO DE ITAMARANDIBA


A Prefeitura Municipal de Itamarandiba conseguiu obter na Justiça, uma decisão favorável para reintegrar a posse de uma área de aproximadamente 8.800 m² situada no Bairro São Geraldo.

Conforme noticiado pelo portal Itamarandiba Hoje, diversas pessoas invadiram o local onde existia um campo de futebol destinado a lazer dos moradores do Bairro São Geraldo, próximo ao prédio em construção da Unidade Básica de Saúde do Bairro São Geraldo.

Na tarde desta sexta-feira (22/02) foi cumprida pela justiça a ordem de reintegração de posse a Prefeitura Municipal.

Uma família que já estava residindo no local foi atendida pela Secretaria de Ação Social do município, por não ter moradia própria. As pessoas envolvidas terão um prazo de 15 dias para recorrer da decisão.

Procurada a Prefeitura informou que o imóvel está na posse do Município há mais de 20 (vinte) anos de forma ininterrupta e incontestada e que por este motivo o imóvel em questão faz parte do patrimônio público municipal.

Segundo o advogado Thiago Antônio Jr. Andrade que é procurador do município e Autor da Ação: “Por determinação do Prefeito do Município Erildo Gomes a Procuradoria do Município ajuizou no início do mês de janeiro do corrente ano uma ação de reintegração de posse que teve a liminar pleiteada deferida para manter na posse do Município uma área de 8.800 m2 que foi recentemente invadida.” Em suas palavras ressaltou que “em sede de cognição sumária a justiça ficou convencida da verossimilhança das afirmações do Município ensejando assim o retorno da área ao poder público municipal.” Explicou.

Fonte: Itamarandiba Hoje

MARIA IVONE E SEU VICE, REASSUMEM A PREFEITURA DE MALACACHETA


A prefeita chegou a declarar que não iria recorrer da decisão do TRE mas, mudou de idéia. Ela retorna ao cargo por força de uma liminar.

A prefeita Maria Ivone e seu vice Denilson Ferreira

Maria Ivone Ramalho do Partido Verde (PV) assumiu novamente o cargo de prefeita da cidade de Malacacheta, no Vale do  Jequitinhonha.

A prefeita e o vice, Denílson Ferreira dos Santos, do mesmo partido, retornaram aos respectivos cargos na tarde de sexta-feira (22), por meio de uma liminar expedida pelo Juiz Carlos Alberto Simões, do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

De acordo com a decisão, Maria Ivone e Denílson Ferreira permanecem no cargo até o julgamento do processo contra ambos pela Corte do Tribunal. A prefeita e o seu vice são acusados de abuso de poder econômico. Eles foram cassados pelo juiz da  comarca de Malacacheta, Emerson Chaves Mota que rejeitou suas contas de campanha. A decisão foi confirmada pelo TRE dia 18/02.

A denúncia contra Maria Ivone e Denílson é que eles teriam usado helicópteros cedidos pelo deputado federal, Fábio Ramalho (PV), que é irmão da prefeita, para transportar eleitores, crianças e cabos eleitorais, durante a campanha.

Com a cassação, o então presidente da Câmara, Lindomar Pereira Guedes, chegou a assumir o cargo no Executivo.

O deputado Fábio Ramalho negou a acusação de ter cedido os helicópteros. Em entrevista a imprensa, na tarde de segunda-feira (18), Maria Ivone chegou a dizer que estava tranquila e que não iria recorrer da decisão, mas mudou de ideia.

Fonte: G1

PROJETO “SONS NO VALE” PERCORRE CIDADES DO VALE DO JEQUITINHONHA


Projeto chega à terceira etapa levando oficinas, apresentações musicais e exibições de cinema por cidades da região


Com o objetivo de destacar os talentos de uma das regiões mais ricas culturalmente em Minas Gerais, o Sons no Vale começa mais uma etapa levando músicas, oficinas e encontros a cidades do Vale do Jequitinhonha.



O projeto, que tem início no próximo dia 27 de fevereiro, promove oficinas de iluminação, sonorização e musicalização, por três dias em cada cidade. Já estão confirmados para receber o Sons no Vale os municípios de Aricanduva, Angelândia, Capelinha, Minas Novas, Leme do Prado, Carbonita e Itamarandiba. Ao final, os participantes se reúnem para oferecer à comunidade uma apresentação musical, em que cada um contribui com o que aprendeu durante o trabalho. O público ainda pode conferir, no último dia, uma sessão de cinema ao ar livre, com exibição de um curta produzido durante a passagem do projeto pelas cidades.


Todas as oficinas realizadas durante o Sons no Vale são conduzidas por um educador responsável que, junto com educadores auxiliares, trabalha as técnicas de cada área com os participantes. A oficina de Musicalização busca valorizar a diversidade musical existente na região. Inácio Neves, coordenador do projeto, ressalta a importância da atividade. “A intenção é promover um encontro musical e a interação entre representantes de diversos estilos, como a seresta, viola, rock, gospel. Todos unidos e produzindo música”.


Já as oficinas de Iluminação e Sonorização apresentam os conceitos básicos dessas áreas. Ao final de cada etapa, os próprios participantes produzem uma apresentação musical, podendo vivenciar, na prática, aquilo que aprenderam durante as oficinas. O objetivo, assim, é envolver as pessoas em todas as etapas da prática musical.

Ainda segundo Inácio Neves, o Sons no Vale acontece em uma região rica culturalmente, mas de forma espalhada. “O projeto busca unir variedades de música e estilos, sem preconceito, promovendo diálogo entre as pessoas do Vale do Jequitinhonha, podendo ser músico ou não. Vamos valorizar a quebra de barreiras entre gêneros musicais, artistas, iniciados e iniciantes”, acrescenta. Inácio ressalta, ainda, que, apesar do foco principal estar nas oficinas, a exibição de cinema também vai enriquecer a proposta do projeto. O roteiro do curta irá variar de acordo com o local, sendo criado nos acontecimentos, pessoas e história das cidades.


Estreia de sucesso


Nas primeiras etapas, realizadas em 2012, o projeto percorreu outras 11 cidades (Rio Vermelho, Serra Azul de Minas, Santo Antônio do Itambé, Alvorada de Minas, Presidente Kubitschek, Serro, Senador Modestino Gonçalves, Felício dos Santos, Turmalina, Veredinha e Gouveia). Mais de 600 pessoas participaram das oficinas realizadas. As apresentações musicais reuniram, aproximadamente, 3.350 pessoas e o cinema 4.200. Ao todo, o projeto atenderá 23 cidades do Jequitinhonha.


O Sons no Vale é uma iniciativa do Ministério da Cultura e Fundação Vale, com patrocínio da Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, em parceria com a Estação Conhecimento. O projeto é apoiado pelo Idene (Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais) e realizado por Confluência – Ações para a Cidadania e Cinear Produções e Exibições.


Mais informações: www.sonsnovale.com.br


Cronograma:

Aricanduva – 27/02 a 3/03

Angelândia – 6 a 10/01

Capelinha – 13 a 17/03

Minas Novas – 20 a 24/03

Leme do Prado – 3 a 7/04

Carbonita – 10 a 14/04

Itamarandiba – 17 a 21/04


Atividades:

Oficina de Musicalização, com Evandro Menezes

Oficina de Iluminação, com Wladimir Medeiros

Oficina de Sonorização, com Luís Claudio Varella

Apresentação Musical ao final das oficinas

Exibição de cinema

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

FESTA DE SANTA CRUZ 2013, EM CACHOEIRA DO NORTE, DE 01 A 11 DE MARÇO

De 01 a 11 de março, o distrito de Cachoeira do Norte, que dista 18 quilômetros de Chapada do Norte, no médio Jequitinhonha, comemora a Festa de Santa Cruz, festa tradicional deste distrito, que une a fé e religiosidade em um evento que cultiva a tradição e a fama de povo festeiro.


Cachoeira do Norte  tem um traço forte de religiosidade, visto que um dos costumes da localidade são as reuniões de moradores para rezarem o terço e fazerem orações. Neste distrito foi construído um cruzeiro em homenagem a padroeira da cidade, santa cruz, e lá os fiéis sempre se encontram para rezar.

Programação da Festa Religiosa

01 a 06 de março – novenas (a partir das 19 h) 
07 e 08 de marco – novena e leilões (a partir das 19 h) 
09 de março – meio-dia da festa (com a filarmônica de leme do prado), novena, levantamento do mastro com show pirotécnico – mesada de leilões.( a partir das 19 h) 
10 de março – cortejo, missa festiva, procissão, coroação de nossa senhora - leilão de gado a( a partir das 13 h) 

Programação festa social

08 /03 – sexta-feira: 23:00 horas – show Agytus do forró apos DJ Vitor Mix 
10/03 - sábado: 23:00 horas – show banda Santha Nova,  apos DJ Vitor Mix 
11/03- domingo: 20:00 horas – show Dalmo Junior e banda apos DJ Vitor Mix 
12/03 -segunda - feira:– ressaca da festa churrasco na praça  e show com Osmar Lins (voz, viola e violão), (a partir das 14:00 h) a noite às  20:00 – show Edmilson Batista  apos DJ Vitor Mix 

MINAS NOVAS-MG: VIAÇÃO PÁSSARO VERDE É ALVO DE CRÍTICAS DA POPULAÇÃO


Qualidade do serviço prestado é considerado fraco pelos usuários. Preço das passagens, condições dos ônibus, demora e locais de paradas são as maiores queixas.

Passageiros da Viação Pássaro Verde, empresa responsável pelo transporte de passageiros de várias cidades do Alto Jequitinhonha, reclamam nas redes sociais da qualidade do serviço prestado.

As reclamações vão desde o alto preço cobrado pelas passagens, as condições de conforto/segurança oferecidas, a demora nas paradas, além dos locais (postos de combustíveis) em que os ônibus param.

Em Minas Novas, por exemplo, uma viagem até a capital mineira, são cerca de 520 Km, com o preço da passagem que varia de R$ 126,55 (saída: 20:30 horas) até R$ 137,95 (saída: 06:30 horas), uma média de R$ 132,25 por passagem. A viagem, além de muito cansativa, demora cerca de nove horas, conforme a própria empresa divulga.

Recentemente, em Capelinha-MG, cidade vizinha à Minas Novas-MG, a empresa adquiriu um ônibus de dois andares, mais moderno, que trouxe maior conforto aos usuários do serviço. Por que não oferecer os mesmos serviços à população de Minas Novas, Turmalina, Couto de Magalhães de Minas, etc.?

Reclamação de usuários da Pássaro Verde no Grupo MinasInova, do Facebook
Outro problema enfrentado é a falta de linha entre Minas Novas/Turmalina até Montes Claros, onde muitos trabalham e/ou estudam. Vários estudantes reclamam da dificuldade em se conseguir percorrer tal trajeto. Se sair de Minas Novas, por exemplo, o passageiro terá que fazer baldeação até o Posto “Vicente Francisco”, local conhecido como ”Alto”, e esperar por várias horas até que se possa pegar outro ônibus em direção à Montes Claros.

O Blog do Jequi entrou em contato com a empresa Pássaro Verde relatando as reclamações dos usuários, e passados mais de um mês, não obteve nenhuma resposta.

VEREADORES DE VÁRIAS CIDADES DO VALE REAJUSTARAM SEUS SALÁRIOS EM 2012

Em Capelinha os vereadores da legislatura 2009-2012 ganhavam R$ 4.286,79 e agora recebem R$ 6.475,21 por mês, um reajuste de 51%. Essa situação também aconteceu em outros municípios da região.


Não foi apenas em Capelinha que os vereadores reajustaram seus próprios salários no final do último mandato. O Tribunal de Contas do Estado estabeleceu regras e datas para que as Câmaras Municipais de Minas Gerais tomassem decisões sobre a matéria. Infelizmente, o TCE não exigiu que os projetos de reajustes fossem divulgados antes de sua aprovação para as comunidades. Por conta disso, os vereadores de muitas cidades do estado aprovaram o aumento de seus subsídios sem que os cidadãos de seus municípios soubessem, como foi o caso de Capelinha.

Na região os vereadores de vários outros municípios também aproveitaram o fim da última legislatura para estabelecer os salários do atual mandato. Os dados a seguir estão publicados no site do TCE. São leis e resoluções que as Câmaras obrigatoriamente devem encaminhar para o Tribunal quando tomam essa espécie de decisão. Clique aqui para acessar os dados de todos os municípios de Minas Gerais.


Na cidade de Minas Novas os vereadores recebiam um salário mensal de R$ 2.200,00 e agora ganham R$ 3.400,00, um aumento de 54,5%. Em janeiro de 2005 os vereadores de Turmalina definiram seus salário em R$ 2.500,00 (o presidente da Câmara recebia R$ 4.167,00). Esse valor permaneceu inalterado até o ano passado quando foi reajustado em 140% para R$ 6.000,00.

Ao que tudo indica os vereadores de Itamarandiba receberão na legislatura 2013-2016 os mesmos valores aprovados em julho de 2008: R$3.600,00. O último reajuste salarial dos vereadores de Angelândia comunicado ao TCE também é de 2008 e desde então os vereadores daquele município recebem R$ 2.476,81.

Na cidade de Veredinha os vereadores receberam durante o quatriênio 2009/2012 o valor de R$ 1.950,00. Em junho de 2012 reajustaram para R$ 4.316,81 por mês, um aumento de quase 121,3%. Os Vereadores de Aricanduva recebiam R$ 2.476,81 e vão receber na legislatura 2013-2016 um incremento de 74,3%, totalizando R$ 4.316,81.

Em Água Boa o último reajuste aconteceu em 2008 e desde aquele ano os vereadores do município recebem R$ 3.715,22 por mês.

Conhecer quanto recebem os agentes públicos que ocupam cargos eletivos é uma maneira de promover a transparência no sistema democrático. Seria um grande passo rumo à democratização de nossas instituições políticas se Câmaras e Prefeituras da região divulgassem os salários dos ocupantes de cargos comissionados, de vereadores, de secretários e de prefeitos. Um passo maior ainda seria dado se todo projeto de reajuste salarial dessas funções públicas fosse comunicado e discutido com as populações locais antes de ser aprovado.

Movimento Muda Capelinha

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CAPELINHA DEFINE CURSOS DA ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS COMO PRIORITÁRIOS PARA CAMPUS


Cursos de Direito, Arquitetura e Urbanismo, Economia e Administração foram os mais lembrados pela Audiência Púbica. Como segunda opção, participantes escolheram a área de Ciências Agrárias.


A Audiência Pública para escolha de cursos do campus de Capelinha da UFVJM definiu que os cursos prioritários serão os da área de Ciências Sociais, ou seja, Direito, Economia, Arquitetura e Urbanismo, Administração de Empresas (Gestão Pública), Serviço Social, Comunicação Social e outros.

Uma segunda opção são os cursos da área de Ciências Agrárias. Porém, esta área acadêmica está bem servida na região com cursos na UFVJM, em Diamantina; no CEFET, em São João Evangelista; IFNMG, campus Salinas; UFMG, em Montes Claros; e UNIMONTES, campus Janaúba, no norte de Minas. Este quadro pode inviabilizar a aprovação do Ministério da Educação. 
                             
O Salão do Clube Florae, no bairro Planalto, em Capelinha, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas, ficou inteiramente cheio. Cerca de 700 pessoas participantes, com entusiasmo e argumentos afiados, debateram profundamente os diversos cursos que poderiam ser implantados.

Os estudantes do ensino médio estavam em maioria, principalmente das Escolas Estaduais Antônio Lago, Rosarinha Pimenta, de Chapadinha e Geralda Othoni. Completavam a platéia professores, gestores da educação, pais/mães, técnicos dos serviços públicos, jornalistas, empresários, trabalhadores rurais, comerciários e lideranças de vários segmentos, como prefeitos, vereadores e representantes de 9 municípios.

Na abertura, o prefeito de Capelinha, José Antônio Alves de Sousa, o Zezinho da Vitalina, destacou a luta do Movimento UFVJM pelo ensino superior, público, gratuito e de qualidade, lembrando da grande oportunidade que os jovens têm hoje de cursar uma faculdade, coisa pensada para poucos há alguns anos. Registrou o apoio político do Deputado Federal Reginaldo Lopes nesta empreitada e agradeceu a parceria que a Reitoria da UFVJM vem tendo com Capelinha.

O presidente da Câmara Municipal, Laerte Barrinha, também hipotecou apoio a esta luta. A Secretária Municipal de Educação, Maria Eunice Ribeiro, lembrou da luta dos pais para educarem seus filhos e do incentivo para cursar faculdade. Porém, os jovens estudantes saem para outras cidades por não ter em oportunidade na sua própria terra natal.   

A prefeita de Aricanduva, Arlete Gomes, destacou o campus universitário como o grande projeto de transformação econômica, social e cultural de toda a região.

A Audiência Pública foi convocada pela Prefeitura Municipal, tendo o apoio da Câmara Municipal e Movimento A UFVJM é nossa, tendo acontecido nesta sexta-feira, 22.02, à tarde.

Palestras

O professor Pedro Ângelo Almeida Abreu, reitor da UFVJM, proferiu palestra sobre o ensino universitário no Brasil e o grande avanço conseguido nos últimos 10 anos, de 2003 a 2013. Disse que o número de matrículas dobrou neste período, sendo o maior salto dado na história do Brasil. Porém, lembrou que apenas 13% da população de 18 a 24 anos estavam nas faculdades, enquanto o Chile possui 30% e Argentina 50%.

O reitor falou da oportunidade do Brasil avançar com a expansão universitária para cidades como Capelinha, Araçuaí e Almenara. Lembrou que o PNE Plano Nacional de Educação coloca como meta, em 10 anos, o atendimento a 20% da população da faixa etária citada. Então, precisaria dobrar o número de matrículas atual. 

Assim, as cidades do Vale incluídas no PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional da UFVJM têm a grande oportunidade de realizar este projeto de instalação de campus em suas localidades.

Um dos destaques da fala do Reitor foi a explanação sobre o Parque Tecnológico que será instalado junto com o campus. Ele mostrou que há um déficit de registro de novas tecnologias no nosso país. O Parque Tecnológico possibilitaria a instalação de empresas, de testagem e produção de tecnologias a partir de pesquisas de estudantes, mestres e doutores do campus, inclusive apresentando soluções para grandes problemas apresentados pela sociedade local e regional.
  
A professora Geralda Luíza de Miranda, da FAFICH/UFMG, fez explanação sobre os cursos de Ciências Sociais, a formação acadêmica, campo de trabalho e salários iniciais.  Ela destacou a necessidade de cursos da área de Ciências Sociais como fator essencial para o desenvolvimento econômico-social com sustentabilidade e Justiça Social, principalmente para regiões como o Vale do Jequitinhonha.

Após as palestras, foram realizadas perguntas sobre os cursos, a UFVJM e viabilidade do campus. O reitor Pedro Ângelo informou que seria interessante a escolha por área acadêmica afim, não dispersando em várias áreas de conhecimento científico.

Álbano Silveira Machado, do Movimento UFVJM é nossa, lembrou que dois seminários foram realizados no segundo semestre de 2012, para dar embasamento para a população definir os cursos preferidos. As temáticas dos eventos foram sobre os cursos de Ciências Agrárias e Licenciatura.

Debates em grupos

Os participantes foram divididos em 5 grupos para facilitar um maior envolvimento dos presentes nas discussões.  Realizou-se debates profundos com argumentos bem engendrados pelos jovens estudantes e participantes em geral. As duas áreas de conhecimento de Ciências Sociais e Agrárias dividiam os embates.

No final, os cursos de Ciências Sociais como Direito, Economia, Arquitetura e Urbanismo, Administração de Empresas, Gestão Pública, Serviço Social e Comunicação Social foram destacados como prioritários.

Um número significativo de participantes optou pela área de Ciências Agrárias com cursos como Engenharia Florestal e Agronomia. Outros preferiam a área da Saúde.

No final, foi comunicado à Plenária que um Relatório será elaborado pela Coordenação da Audiência Pública e encaminhado à Reitoria da UFVJM.

Posteriormente, haverá a elaboração de um Projeto Técnico que será apresentado à UFVJM e ao Ministério da Educação, onde serão anexados o documento da Audiência Pública e a Escritura dos terrenos doados à UFVJM para instalação do campus e Parque Tecnológico.

Foi informado pelo Secretário de Comunicação Social, Tico Neves, que os dois terrenos terão 125 hectares, sendo 50 hectares para o campus, na região do trevo da estrada de Novo Cruzeiro, e 75 hectares para o Parque Tecnológico, perto do Aeroporto e Clube da AABB.  

O prefeito Zezinho da Vitalina encerrou a Audiência Pública parabenizando a todos, registrando o grande marco histórico daquele evento nas comemorações do Centenário de Capelinha. Ele lembrou de grandes lutadores por esta grande causa como o ex-prefeito Pedro Vieira da Silva e da socióloga Maria do Rosário Sampaio.

POLÍCIA PRENDE PAI E FILHO POR HOMICÍDIO EM MATA VERDE

Vista parcial de Mata Verde-MG
Policiais militares em Mata Verde receberam uma denúncia anônima informando sobre um possível homicídio cometido por Welton, 27 anos, há aproximadamente dois meses atrás onde ele teria assassinado um homem conhecido como Aranha. Segundo relatos de populares aos policiais militares, João Lima, 49 anos, conhecido popularmente como Aranha, estaria desaparecido há mais de dois meses. Os policiais ainda descobriram que Welton havia se mudado há cerca de dois dias para o município de Felisburgo/MG. 

A Polícia Civil foi acionada e juntamente com a PM conseguiram localizar Welton em Felisburgo. Preso, o suspeito confessou ter cometido o crime e confessou ainda ter sido auxiliado por seu pai, José Lima, 56 anos, na ocultação do cadáver e eles teriam enterrado o corpo próximo a uma torre de telefonia. O corpo foi encontrado no local indicado e estava em avançado estado de decomposição. A perícia foi acionada. O pai de Welton também foi preso.
Com filho confesso preso e o pai também preso por ter auxiliado na ocultação do cadáver. A policia tenta desvendar o motivo da morte, segundo o suspeito, eles estavam conversando quando começaram a discutir e o suspeito efetuou pauladas na vítima. Os policiais não acreditam na versão do suspeito, e acham que o crime foi passional.
Fonte: Portal Jornânia

CAPELINHA-MG SEDIA O II ENCONTRO DE COMUNICADORES DO VALE


Acesso à Comunicação e Transformação Social e Cultural do Vale é o tema central da 2ª edição.
                                  
O Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, da Pró-Reitoria de Extensão da UFMG, e as ONGs  Associação Imagem Comunitária e a Oficina de Imagens realizarão de 1º a 3 de março de 2013 o  II Encontro de Comunicadores do Vale do Jequitinhonha. Promovido com apoio da Prefeitura Municipal de Capelinha, Câmara de Vereadores de Capelinha, Galpão Cultural, Criasom Instituto Cultural e  Escola Estadual Geralda Otoni, além de lideranças locais e regionais, o evento tem como temática central “Acesso à Comunicação e Transformação Social e Cultural do Vale”.


Participarão do painel de abertura, na sexta-feira, dia 1º, às 19h, Armando Pereira Ribeiro, presidente da APACA e integrante do Murion Cia de Teatro, de Padre Paraíso; Hélio Souza, jornalista e assessor de Comunicação, de Capelinha; Luciano Silveira, diretor de Cultura da Prefeitura Municipal de Araçuaí e da RCT, vice-presidente da Fecaje, ator e diretor da Cia de Teatro Ícaros do Vale e Coral Araras Grandes, de Araçuaí; Bruno Vieira, jornalista, educador na ONG Oficina de Imagens e coordenador do coletivo Conexão Periférica, de Belo Horizonte; e Janaína Patrocínio, da Associação Imagem Comunitária, também de Belo Horizonte.

No sábado, dia 2, serão realizadas oficinas, além de mostra de produtos de comunicação do Vale e de um Sarau. Serão oferecidas oito oficinas: Formatação de projetos culturais; Fotojornalismo; Mídias sociais; Mídia tática; Rádio web; Stop Motion; Vídeo e Webjornalismo hiperlocal. No domingo, dia 3, o evento se encerra com a realização de cinco Grupos de Discussão e plenária. Nestes grupos serão debatidos os temas Acesso aos meios, direito à comunicação; Dilemas éticos; Espaço público; Privacidade na web; e Rádio, novos formatos, públicos e formatos. A previsão é de que o encontro se encerre por volta das 13h.

Inscrições:

As inscrições para o evento e para o transporte devem ser feitas a partir do site www.ufmg.br/polojequitinhonha

Transporte:

Será disponibilizado um ônibus da UFMG para levar parte dos participantes ao II Encontro de Comunicadores do Vale do Jequitinhonha. O ônibus fará a rota Jequitinhonha, Itaobim, Itinga, Araçuaí, Virgem da Lapa, Ijicatu, Turmalina, Capelinha; saindo de Jequitinhonha para Capelinha no dia 1º, às 8h, e fazendo o percurso inverso no dia 3 de março, às 13h, após o encerramento do evento.

As inscrições para o transporte se encerram impreterivelmente na sexta-feira, dia 22.

Alojamento:

Haverá alojamento na Escola Estadual Geralda Otoni. Inscrições para o alojamento devem ser realizadas pelo e-mail: 2comunicadoresdovale@gmail.com

Alimentação:
A alimentação será oferecida gratuitamente aos participantes (café, almoço e jantar).


Informações:

UFMG:

Em Capelinha:
Leonar Barbosa, do Criasom, (33) 9191-6162
Hélio Souza, de A Cidade Web, (33) 9106-4397
Albano Machado, Banu, (33) 8877-5943 ou (33) 9126-3177

PROGRAMAÇÃO

1º de março
19:00    Abertura
19:30    Painel de Abertura
Convidados: Armando Pereira Ribeiro; Hélio Souza; Luciano Silveira, Bruno Vieira e Janaína Patrocínio.
            Local: Galpão Cultural
21:00    Jantar
Local: Escola Estadual Professora Geralda Otoni

2 de março
07:30    Café da Manhã
            Local: Escola Estadual Professora Geralda Otoni
08:30    Oficinas
            1) Formatação de Projetos Culturais – educadora: Fernanda Miranda
            2) Fotografia – educadora: Marina Brochado (UFMG)
            3) Mídias Sociais – educador: Leandro Lima (UFMG)
            4) Mídia tática – educadores: Bruno Vieira e Danúbia Gardênia (Oficina de Imagens)
            5) Rádio Web – educador: Pedro Ivo Martins Brandão (ELO FM / PUC Minas)
            6) Stop Motin – educadores: Bruna Lubambo e Sâmia Bechelane (AIC)
            7) Vídeo - educadores: Marcos Donizetti e Neltinha Oliveira
            8) Webjornalismo hiperlocal: discussões e práticas -educador: Carlos d´Andréa (UFMG)
12:30 Almoço
            Local: Escola Estadual Professora Geralda Otoni
14:00    Oficinas (continuidade)
18:00    Mostra das oficinas e de materiais de comunicação do Vale
            Local: Galpão Cultural
19:00    Jantar
            Local: Escola Estadual Professora Geralda Otoni
21:00    Sarau Cultural
            Local: Criasom

3 de março
07:30    Café da Manhã
            Local: Escola Estadual Professora Geralda Otoni
08:30    Grupos de Discussão
Local: Galpão Cultural
1) Acesso aos meios, direito à comunicação - Mediadores: Angela Freire e Sâmia Bechelane
2) Dilemas Éticos - Mediadores: Carlos d'Andréa e Luis Santiago
3) Espaço Público - Mediadores: Bruna Lubambo e Álbano Machado
4) Privacidade na Web - Mediadores: Leandro Augusto Borges Lima e Rafael Evaristo
5) Rádio: novos caminhos, públicos e formatos - Mediadores: Pedro Ivo Martins Brandão e Valmir Sebastião Neves
10:00    Plenária
            Mediação: Bruno Vieira (ONG Oficina de Imagens)
Local: Galpão Cultural
12:00 Almoço de Encerramento
Local: Escola Estadual Professora Geralda Otoni

domingo, 24 de fevereiro de 2013

PONTE CONSTRUÍDA HÁ SETE ANOS NO VALE DO JEQUITINHONHA ATÉ HOJE NÃO FOI CONCLUÍDA


Minas Novas, Berilo e Chapada do Norte – Nem o Vale do Jequitinhonha, região mais carente do estado e uma das mais pobres do país, escapa de servir de cenário para imensos monumentos ao desperdício. Há sete anos, a imponente ponte de 150 metros sobre o Rio Fanado, que corta as montanhas da cidade histórica de Minas Novas, foi erguida, ao custo de R$ 3 milhões, e ainda não tem serventia alguma: a estrutura aguarda a obra de encabeçamento na BR-367, outro exemplo de obra inacabada.

Estrutura da ponte na BR-367, rodovia idealizada por JK. Na foto menor, uma das passagens de madeira que são usadas pelos motoristas.
A rodovia liga Diamantina a Porto Seguro (BA) e foi projetada no governo Juscelino Kubitschek (1902-1976), para ajudar no desenvolvimento do Jequitinhonha e – ao mesmo tempo – encurtar o caminho da região ao litoral. Mais de 50 anos depois de o presidente bossa-nova ter governado o país, de 1956 a 1961, a estrada continua com dois longos trechos de terra, de Minas Novas a Virgem da Lapa (60 quilômetros) e de Almenara a Salto da Divisa (60 quilômetros). Por ironia, além de abrigar uma ponte de cimento inacabada, a 367 conta também com cinco estreitas pontes de madeira – as passagens não têm proteção lateral e já foram palcos de acidentes.

“A situação da ponte de cimento, que custou R$ 3 milhões, é um desrespeito com a gente. Como ela não está pronta, caminhões pesados passam pela cidade, abalando a estrutura de prédios centenários. No fim de janeiro, no encontro de prefeitos com a presidente Dilma Rousseff, estivemos em Brasília e representantes do governo federal nos prometeram fazer o encabeçamento”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Minas Novas, Américo de Fátima Alves Júnior. A situação da ponte e a da estrada chamaram atenção até da presidente da República. Em 2010, durante a campanha eleitoral, a então candidata do PT esteve na região e prometeu terminar o projeto idealizado por JK.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que as obras devem começar ainda este ano, mas não há previsão exata para a inauguração da ponte e da pavimentação dos dois trechos (Minas Novas/Virgem da Lapa e Almenara/Salto da Divisa). A ponte de cimento foi construída pelo governo do estado. Mas a obra de encabeçamento precisa ser feita pela União, responsável também pela pavimentação dos trechos de terra. Enquanto isso, moradores de cidades cortadas pelo caminho de terra lamentam o sofrimento. Na época de chuva, a lama impede consumidores de irem às compras em cidades vizinhas. No calor, a vilã é a poeira: o pó levantado por caminhões e carros atrapalha a visão de motoristas.

Em qualquer dia, com barro ou terra seca, os buracos e as lombadas interferem no custo do frete, encarecendo o preço final dos produtos. “De Berilo a Araçuaí, passando por Virgem da Lapa, há 30 quilômetros de terra. As pessoas preferem dar uma volta de mais de 70 quilômetros para usar o trecho de asfalto. Em razão disso, o movimento em meu comércio está fraco. Custa a parar um carro. Só continuo aqui porque crio gado. Do contrário, teria saído. O asfalto precisa chegar com urgência à BR-367”, reivindica César Alves Soares, dono de uma pequena mercearia às margens da antiga rodovia, no trecho entre Berilo e Virgem da Lapa. 

César não esconde a emoção ao falar da rodovia planejada por JK: “A ponte que havia sobre o Córrego Barbosa, a cerca de 200 metros do meu comércio, foi levada pela chuva em 2004. Até hoje outra não foi erguida”. A sorte dos usuários da rodovia é que, durante boa parte do ano, devido ao clima semiárido da região, o leito do córrego fica seco. “No período de chuva, porém, a água corre no local”. 

O comerciante não é o único a clamar por asfalto na 367. Dona Rosângela Lourenço, que herdou uma mercearia do pai, no município histórico de Chapada do Norte, também lamenta a falta de investimentos no trecho. “Quando a água vem e forma muita lama, muitos de meus clientes, que moram na cidade vizinha de Berilo, não vêm para essas bandas, pois o ônibus que percorre o trajeto suspende a viagem”.

Fonte: Estado de Minas

50 ANOS DE CARBONITA, DIAS 02 E 03 DE MARÇO DE 2013


Carbonita comemora seus 50 anos de emancipação política em grande estilo, com a seguinte programação:

Clique no cartaz para ampliá-lo

02 de março (sábado):
08:00 horas – Maratona “3 de Março”
09:00 horas – Rua de Lazer/Brincadeiras no Palco
14:00 horas – Apresentações Livres
16:00 horas - Carbosamba
21:00 horas – Johny Marcos e Maurinho

03 de março (domingo):

09:00 horas – Missa em “Ação de Graças” – Igreja da Matriz
Apresentação da Corporação Musical Manoel Alecrim (Veredinha)
Bênção dos Cavaleiros e saída da Cavalgada rumo ao campo Vereador Zé Lesa para inicio das provas

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

AUTOESCOLAS ESTÃO NA MIRA DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM MINAS GERAIS


Autoescola que não aprova 60% dos candidatos deveria ser fechada, mas Ministério Público aguardará a nova regra, com 40 horas/aula, para questionar Detran

Apesar de reconhecer que o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG) está descumprindo a lei, porque não fiscaliza o índice de aprovação das autoescolas no exame de direção, o Ministério Público estadual considera a carga horária das aulas práticas (20 horas/aula) insuficiente para formar um motorista capaz de ser aprovado na prova de direção.

Em Minas, 64% não conseguem tirar a carteira, percentual muito superior ao do Rio de Janeiro (51%) e de São Paulo (23%).

No entanto, se o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) atender o pedido dos órgãos de trânsito, dobrando o tempo das aulas práticas, o Ministério Público promete estar atento ao cumprimento da exigência de que as autoescolas aprovem no mínimo 60% dos alunos, sob pena de não ter seu cadastramento anual renovado junto ao Detran/MG.

O chefe da Divisão de Habilitação do Detran/MG, delegado Anderson França, explica que se a lei fosse cumprida à risca teria de fechar todas as autoescolas, justamente por causa do alto índice de reprovação na prova prática.

Segundo o coordenador das Promotorias de Defesa do Patrimônio do Estado, Leonardo Barbabela, o assunto já foi discutido com o órgão de trânsito. O argumento de que os alunos chegam despreparados ao exame de direção o convenceu e ele considera que fechar todas as autoescolas provocaria um caos social.

“Estamos entre a cruz e a espada. Em princípio, talvez não seja possível culpar o Detran por uma irregularidade, já que os candidatos estão sendo reprovados porque é humanamente impossível formar um bom condutor em 20 horas/aula. Ele precisa de habilidade e experiência para dar segurança ao trânsito. É como formar um médico em dois anos de faculdade”, compara o promotor. “Mesmo com o rigor dos examinadores e esse alto índice de reprovação, não podemos esquecer que ainda há muitos acidentes de trânsito”.

Para Barbabela, é importante acompanhar a decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre o aumento da carga horária, e a implantação do controle biométrico para verificar a efetiva participação do candidato nas aulas práticas. “Do contrário, é presumidamente impossível aprovar alguém com tão pouco tempo de experiência e liberá-lo na rua com um carro, uma verdadeira arma nas mãos. O aluno passa muito mais tempo em sala de aula do que praticando. Vamos discutir a questão no Ministério Público, mas só poderemos cobrar uma posição do Detran depois que houver esse aumento na carga horária”.

O Denatran informou que cabe ao Ministério Público verificar o cumprimento das novas regras que são atribuídas aos órgãos estaduais de trânsito, mas que qualquer cidadão pode enviar denúncia ao presidente do Denatran, para abertura de processo administrativo para apurar as irregularidades.

Questionado sobre os estudos e discussões para ampliação da carga horária das aulas práticas de direção, o Denatran não respondeu.

Não basta a carteira

Ser aprovado no exame de direção do Detran e garantir uma carteira de habilitação não é garantia de que o motorista esteja realmente pronto para enfrentar o trânsito. 

Quem tem menos de cinco anos de carteira se envolve mais em batidas e atropelamentos. Nos centros de treinamento, a procura de quem precisa de mais tempo para ter segurança é grande.

Segundo dados da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), dos 7.038 motoristas envolvidos em acidentes no Anel Rodoviário de BH, 1.635 tinham entre um e cinco anos de tempo de carteira. Outros 1.635 tinham entre seis e 10 anos de habilitação. Motoristas que tinham entre 16 e 20 anos de experiência se envolveram em 589 acidentes.

Avaliação

Medo de ser avaliado. Essa é a principal causa de reprovação nos exames do Detran, na análise da psicóloga Elisangela Tobias, sócia da clínica Cecília Bellina, especializada em atender pessoas que têm medo de dirigir, habilitadas ou não. “Pela nossa experiência, tem muita gente que tem medo de ser avaliada, mesmo aquelas pessoas bem preparadas. Muitas vezes, a questão nem é o medo de dirigir”. Para ela, a responsabilidade de dirigir num trânsito caótico e com altos índices de acidentes também contribui. “Exige mais habilidade do motorista”, acredita.

Fonte: Portal Uai, Via Gazeta de Araçuaí


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