quarta-feira, 29 de abril de 2015

PONTE QUE LIGA ALMENARA SERÁ LIBERADA QUASE CINCO MESES DEPOIS DE INTERDIÇÃO

O elevado estava com o trânsito impedido desde 10 de janeiro, quando duas carretas com excesso de peso comprometeram a estrutura. A liberação deve ser feita em 1º de maio.

Empresa contratada pelo DER faz os últimos ajustes para liberar o 
viaduto em maio
O drama vivido por moradores de Almenara, cidade de 38,7 mil habitantes, a 788 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, deve ter fim depois de cinco meses. A ponte no Rio Jequitinhonha, na área urbana do município, que foi interditada em 10 de janeiro por causa do excesso de peso de duas carretas, finalmente será liberada. O tráfego passará novamente no elevado a partir do dia 1º de maio. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).

O problema no elevado foi causado por usa carretas bitrem que passaram pela estrutura carregadas com blocos de granito. O excesso de peso provocou o esmagamento parcial do topo de um dos pilares de sustentação. Uma empreiteira contratada pelo DER faz os reparos finais no pontilhão para a liberação no início de maio.

Desde 10 de janeiro, a população local passou a enfrentar uma série de transtornos quando precisa se deslocar até o outro lado do rio. A travessia é feita de balsa ou em uma passarela improvisada, que somente pode ser usada por pedestres. O uso da balsa custa R$ 5 (motos e carros de passeio) e R$ 10 (veículos de maior porte, como caminhonetes). Quem usa a balsa é obrigado a passar mais de duas horas na fila, pois a demanda é muito grande para o único equipamento desse tipo em operação no município. 



No dia da interdição, um adolescente de 16 anos morreu afogado ao tentar atravessar o rio. De acordo com a Polícia Militar (PM), um jovem de 22 anos, colega de trabalho da vítima, disse que eles estavam saindo do serviço quando tentaram atravessar o rio a nado em direção ao Bairro Cidade Nova. Durante a travessia, ele percebeu que o amigo não conseguia mais nadar e estava pedindo socorro, mas não conseguiu alcançá-lo. Um sargento da PM conseguiu retirar o mais velho, mas o menor desapareceu nas águas. Moradores filmaram o momento do afogamento. Assista abaixo. 

Por João Henrique do Vale, do Estado de Minas

VALE DO JEQUITINHONHA SOFRE COM ESCASSEZ DE ÁGUA POR FALTA DE INVESTIMENTOS

Sem as prometidas barragens que ajudariam a armazenar água ou medidas de proteção das nascentes, centenas de comunidades do Jequitinhonha ainda dependem de caminhões-pipa.

Berilo e Itinga – Falta água. E, além da água, faltam ações efetivas para combater o agravamento da escassez de recursos hídricos no Vale do Jequitinhonha. Cursos d’água da região que já correram o ano inteiro hoje estão por um fio. A cada ano, diminui o volume de córregos e pequenos rios, sem que nada – ou quase nada – seja investido em ações que poderiam salvá-los, como a proteção de nascentes. Promessas de construção de barragens, que enfeitam os discursos políticos, viram pó. Para piorar, até iniciativas levadas adiante terminaram dando errado, provocando desperdício de recursos públicos. O resultado é um círculo vicioso: para matar a sede, centenas de comunidades rurais dependem de caminhões-pipa das prefeituras, que, combalidas pela falta de recursos, permanecem à mercê da ajuda dos governos estadual e federal, muitas vezes transformada em isca para angariar votos.

A família de Adilson é uma das que dependem de caminhão-pipa em Berilo, onde barragens (no alto) terminaram assoreadas
A penúria vivida pela população, submetida a uma crise hídrica eterna em meio à pobreza extrema, foi constatada pela equipe do Estado de Minas ao longo dos 1.500 quilômetros percorridos na região nesta série sobre o Vale do Jequitinhonha. Em todo o percurso, a reportagem encontrou somente uma barragem de maior expressão concluída nos últimos cinco anos e funcionando a contento, a do Rio Setúbal, no município de Jenipapo de Minas, inaugurada em fevereiro de 2010 pelo então presidente Luiz Inácio da Lula da Silva (PT), em solenidade que contou com a presença de sua afilhada política Dilma Rousseff – à época ministra da Casa Civil –, que disputaria as eleições presidenciais naquele ano. Antes dela, a ação mais importante foi a construção da barragem da Usina de Irapé, pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Inaugurada em 2006, ela tem ajudado a controlar o volume do combalido Rio Jequitinhonha, impedindo que a situação piore.

Outros mananciais da região, entretanto, não tiveram a mesma sorte. Em Berilo, município de 12,4 mil habitantes, praticamente todos os córregos e pequenos rios estão secos. Segundo a prefeitura local, 3,5 mil famílias moradoras da zona rural têm que recorrer aos caminhões-pipa para obter água. Um cenário que poderia ter sido evitado por meio da construção, na década de 1990, de cinco pequenas barragens, nas comunidades de Água Limpa, Mamonas, Córrego do Bem-Querer e  Córrego do Buraco. Entretanto, somente a última tem alguma serventia hoje, acumulando água que é aproveitada para matar a sede de animais, ainda assim depois de passar por reforma, afirma a prefeitura.

Emergência 

Implantados por meio do Programa Emergencial contra a Seca, coordenado pela Copasa, os barramentos foram assoreados pouco depois da conclusão das obras, devido a um suposto erro de projeto,  e hoje acumulam mais terra e areia do que água, conta o secretário de Obras e Desenvolvimento Rural e Urbano de Berilo, João Nelson Pinto. Segundo a prefeitura, as obras teriam sido construídas entre 1995 e 1998. Segundo nota da Copasa, os projetos foram feitos em parceria com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), que teria sido “responsável pela escolha dos locais e fiscalização das obras”.  A companhia afirma ainda que cabia aos municípios “a operação e a manutenção dessas barragens”.

Difícil acesso 

Uma delas foi feita na comunidade de Água Suja, em córrego de mesmo nome, a nove quilômetros da sede do município, em um local de difícil acesso. O agricultor Adão Fernandes Rodrigues, de 47 anos, que mora a 200 metros da barragem, conta que, na época da construção, percebeu o erro no projeto. “Eu disse que daquele jeito, sem deixar um vertedouro, a barragem iria se encher de terra e areia. Mas o engenheiro não quis me ouvir”, afirma Adão.

Como a obra praticamente nunca funcionou, mesmo morando perto da barragem, o agricultor, casado e pai de dois filhos, continua na dependência do caminhão-pipa da prefeitura, levado à comunidade somente a cada três meses. Nesse meio-tempo, os gastos são inevitáveis. Adão afirma que, às vezes,  para não ficar com sede, vai “até a rua” (área urbana) e compra água, pagando R$ 150 pelo caminhão-pipa de 7,5 mil litros.  

A situação piorou ainda mais nos últimos três anos, quando houve redução do volume de chuvas. Neste ano, segundo o secretário de Obras de Berilo, a estiagem foi tão intensa que muitas das cisternas para a captação da chuva (com capacidade para 16 mil litros), instaladas nas casas da zona rural dentro de programa do governo federal já estavam praticamente vazias em março.

Moradores da zona rural do município passaram a usar as próprias cisternas para armazenar a água do caminhão-pipa da prefeitura. “A demanda é muito grande e a gente não consegue atender todo mundo. Alguns choram de alegria no dia que o caminhão-pipa chega às casas deles”, conta João Nelson.

A reportagem acompanhou a chegada de caminhão-pipa na casa do lavrador Adilson Ferreira, na comunidade rural de Brejo, a oito quilômetros da área urbana de Berilo. O nome  indica que o lugar já teve muita água, que, com o passar do tempo e a degradação ambiental, desapareceu completamente. “Água aqui é muito difícil. Quando o caminhão-pipa demora a chegar, temos que pegar água emprestada, na casa da minha mãe, de balde”, relata Adilson, casado com Adriana Gomes da Cruz, com quem tem dois filhos.

Rio sob ameaça de morte em cinco anos 



Com a vazão reduzida e assoreado, o Rio Araçuaí pode secar de vez
Berilo e Itinga – A água levada pelos caminhões-pipa a comunidades de Berilo é captada no Rio Araçuaí, que está com a vazão reduzida e ainda sofre com os efeitos da mineração. O secretário municipal de Administração e Planejamento, Charles Amaral, calcula que, no ritmo que se encontra e se nada for feito, o curso d’água vai secar de vez dentro de cinco a seis anos. Ele lembra que há pelo menos oito anos se ouve falar na região de projetos de construção de barragens dos governos estadual e federal (Cemig e Furnas), nas localidades de Santa Rita, no município de Chapada do Norte, e de Funil, na divisa de Berilo e Virgem da Lapa. “O problema é que as barragens nunca saem do papel e o povo continua passando sede”, protesta Amaral.

A construção de barragens também é  o sonho de Itinga. No município, o Rio Itinguinha se resume hoje a um largo leito cheio de  areia, cercado de mata ciliar, indício de que, no passado,  foi caudaloso. “Hoje, o rio só corre mesmo quando chove”, conta o pequeno agricultor José da Rocha Teixeira, de 58 anos.

Segundo o prefeito de Itinga, Adhemar Marcos Filho (PSDB), a construção de uma barragem vem sendo prometida há mais de 10 anos pela Fundação Rural Mineira (Ruralminas ) e beneficiaria também o município de Comercinho. Procurada, a direção da Ruralminas disse que aguarda verbas para a elaborar o projeto executivo da obra.


Por Luiz Ribeiro, do Estado de Minas

MINAS NOVAS-MG: CORTADOR DE CANA QUE COMPROU 4 CASAS FALA DE MUDANÇAS NA LAVOURA

Ele chegou ao interior de São Paulo em 1987, apenas três anos após o chamado Levante de Guariba, movimento de boias-frias que resultou na melhoria das condições enfrentadas nas lavouras de cana-de-açúcar.

Enfrentou tempos difíceis nos canaviais de Guariba (a 337 km de São Paulo) e de cidades vizinhas, como Pontal e Pradópolis, como trabalhar sem registro em carteira, sem banheiro no campo e sem ao menos um lugar à sombra para descansar durante a jornada diária. Mas diz não se arrepender.

Aos 48 anos, Valdomiro Rodrigues ainda atua no corte da cana. É um dos poucos a persistir na atividade na macrorregião de Ribeirão Preto, que a cada ano emprega menos nas lavouras paulistas, devido ao avanço da mecanização.

Natural de Minas Novas, cidade de 30 mil habitantes no Vale do Jequitinhonha (MG), ele não se arrepende porque, graças à cana, comprou quatro casas em Guariba. Mora em uma delas e aluga as outras três –”pequeninas”, segundo ele–, que lhe rendem pouco mais de R$ 1.000 mensais.

Valdomiro Rodrigues ao chegar da colheita de cana – Silva Junior/ Folhapress
O valor se soma aos cerca de R$ 1.000 que recebe por semana trabalhada durante o plantio da cana. Mas não é sempre que tem serviço.

“Muita coisa mudou. As condições de trabalho melhoraram bastante, mas, por outro lado, muitas usinas fecharam devido à crise e muitas pessoas ficaram desempregadas. Não são todos que sabem trabalhar com máquinas”, disse ele.

A maioria dos migrantes que chegou à região com ele na década de 80 foi embora, por não aguentar a extensa jornada de trabalho. “Não reclamo da cana, ela me deu o que tenho. Mas não é para todos.”

Como ele, Expedito Juarez da Silva, 48, deixou Alagoas em 2003 em busca de uma vida melhor. Viajou com o amigo Marcos Soares da Silva, 35, para Dobrada, cidade também da região de Ribeirão Preto.

“As usinas que existiam no Nordeste foram fechando ou não pagavam direito. Achamos emprego aqui e aqui estamos, apesar das dificuldades”, disse Expedito.

O principal problema do campo hoje, segundo ele, é a baixa oferta de emprego. “Usinas que empregavam mais de 20 equipes hoje têm três ou quatro”, disse.

Por causa da redução, nem sempre Francisco Mariano, 43, consegue trabalho nas lavouras de cana. Pernambucano, desde o ano 2000 deixa seu Estado para trabalhar na safra em Dobrada.

Mas nos últimos anos a rotina foi alterada, com o avanço das colheitadeiras de cana. “Está muito ruim de serviço”, afirmou.

MUDANÇAS SOCIAIS

Sem novos migrantes, acabaram também os enormes alojamentos que abrigavam trabalhadores rurais nas fazendas e o foco da Pastoral do Migrante mudou.

Após trabalhar 26 anos com migrantes em cidades como Dobrada e Guariba, além de Fernandópolis, a irmã Inês Facioli foi transferida para a capital do Estado, para atender imigrantes bolivianos, paraguaios e peruanos.

Além dela, padres que atuavam em Guariba foram transferidos para outras regiões.

“Mudou o foco da Pastoral do Migrante. A imigração hoje é mais forte. Quem migra no próprio país se sente mais seguro, mais perto da família. Já quem vem de outro país tem insegurança, medo, fora a questão de documentação, o receio de se sentir irregular. Em comum há o desejo de uma vida melhor”, disse a religiosa.

O trabalho da pastoral, muitas vezes, era feito nos alojamentos mantidos pelas usinas de açúcar e etanol para os migrantes. Esses locais também foram desativados com o avanço da mecanização.

A usina Bonfim, em Guariba, chegou a ter 14 alojamentos em 1983, no auge da migração, com capacidade média de 400 pessoas cada um. Hoje não tem nenhum em operação.

Esses migrantes passaram a atuar em outros setores, segundo a pastoral e a socióloga Maria Aparecida de Moraes Silva, como a citricultura, a construção civil e os frigoríficos.

“Em Fernandópolis, muitos atuaram na ampliação de uma rodovia e, depois, na construção de um conjunto habitacional”, disse Facioli.

Por Marcelo Toledo, da Folha de São Paulo

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Municípios de Vale do Jequitinhonha sofrem com falta de investimentos em saúde

Jequitinhonha acumula de obras inacabadas por falta de recursos a hospital desativado, enquanto a população carente enfrenta dificuldades para receber tratamento médico





Itinga  – O acesso à saúde é um dos principais obstáculos enfrentados pelos moradores do Vale do Jequitinhonha. No entanto, obras na região que teriam a finalidade de amenizar esse drama estão abandonadas ou sem serventia alguma, por falta de recursos, e até hospitais já prontos tiveram as portas fechadas. Moradores de vários municípios precisam deixar suas cidades em busca de atendimento ou percorrer longas distâncias dentro delas e esperar vários dias por uma simples consulta.


Um dos retratos da penúria na área de saúde está em Itinga. Sempre que há necessidade de internação, pacientes do município de 14,4 mil habitantes têm que ser levados em ambulâncias para cidades vizinhas – Araçuaí, Itaobim ou Teófilo Otoni. Uma dificuldade conhecida de perto por pessoas como Fabiana de Brito, de 35 anos, obrigada a viajar com o marido diabético sempre que ele precisa de atendimento hospitalar. “Há pouco tempo, tive que arranjar uma ambulância para levá-lo para Itaobim (a 40 quilômetros de Itinga). Ele ficou 15 dias internado lá”, relata a moradora. Numa situação paradoxal, Itinga é uma das poucas pequenas cidades da região que possui um hospital, o Santa Edwirges. Mas, há seis anos, a unidade, construída há 15, está fechada, com vidraças quebradas, equipamentos enferrujando e mato crescendo ao seu redor.



Em março de 2004, ao visitar Itinga para inaugurar a ponte sobre o Rio Jequitinhonha, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu colocar em funcionamento a unidade, fechada à época por causa de um impasse entre a gestão municipal e a entidade filantrópica responsável por ela, a Fundação São José de Água Branca. A solução passaria pelo credenciamento do hospital pelo Ministério da Saúde. De fato, o Santa Edwirges foi reaberto em 2004, mas funcionou até 2009, quando interrompeu as atividades por falta de verbas.



Atualmente, parte do prédio é ocupada por um laboratório de análises clínicas do município. O prefeito de Itinga, Adhemar Marcos Filho (PSDB), disse que, sem os recursos do governo federal para o custeio, não tem como reabrir o hospital. “A gente nunca teve a ousadia de tentar isso, porque o município não tem condições”, afirmo, anunciando que pretende instalar uma policlínica para atenção básica no prédio. O chefe do Executivo municipal criticou a “falta de interesse” do governo federal pelo tema. “É lamentável que a obra permaneça fechada, como um elefante branco”, afirmou.
Ponte Inacabada em Berilo-MG
Coronel Murta e Itamarandiba – Começar obras na área de saúde e interrompê-las por falta de verbas ou erros de projeto é quase rotina no Vale do Jequitinhonha. Coronel Murta é um dos vários exemplos dessa situação. Com 9,3 mil habitantes, o município espera a conclusão de obras interrompidas no setor. Uma delas é a reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde (UBS) Carlito Murta, na área central da cidade, iniciada em abril de 2014, com previsão de término em agosto do mesmo ano. Porém, a obra, avaliada em R$ 275 mil, apenas foi iniciada e parou logo em seguida. O mesmo ocorreu com a ampliação de outra UBS na cidade, no Bairro Maria da Glória, no valor de R$ 120 mil.



Segundo o secretário de Saúde do município, Horácio Aguilar, os serviços não tiveram continuidade porque o Ministério da Saúde liberou apenas parte dos recursos necessários. O Ministério confirma a suspensão dos repasses depois de ter liberado R$ 174, 2 mil para uma obra de construção e quatro de ampliação de UBS na cidade. Segundo a pasta, não foram cumpridos critérios para o recebimento de novas parcelas, demandando diligências nas obras, mas o problema já foi sanado e novo repasse está sendo providenciado.



Em Itamarandiba, a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro São Geraldo está entregue à ação do tempo há mais de seis anos, cercada pelo mato e pelo lixo. Também está sendo “depenada” por  moradores, que já carregaram grande parte do telhado. De acordo com o atual prefeito, Erildo Gomes (PSDB), seu antecessor, o ex-prefeito Tom Costa (PSB), não deu continuidade às obras iniciadas na gestão anterior à dele, solicitou à Secretaria de Estado de Saúde, responsável pelo repasse de recursos, uma “tomada de contas especial” e encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual, suspeitando de erros no projeto. O imbróglio, somado a uma ação na Justiça movida por morador que se diz dono do terreno destinado à UBS, impede a retomada da obra, afirma o prefeito.



Enquanto isso, moradores vizinhos da obra abandonada sofrem com a dificuldade para o atendimento à saúde. É o caso da doméstica Silésia Aparecida Matos, de 30 anos. “Para gente conseguir atendimento aqui demora de 30 a 45 dias”, alega Silésia, mãe de cinco filhos, que se desloca até o hospital municipal na área central da cidade para consultas. Outra vizinha do “esqueleto” da construção da UBS, a aposentada Geralda de Fátima Martins, de 75, também lamenta o abandono da obra. “A gente sofre muito com a falta de médico”, diz.


 Veja vídeo da matéria:


Via Estado de Minas

domingo, 19 de abril de 2015

Apostador de Diamantina-MG leva R$ 32,9 milhões na Mega-Sena

Um morador de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, acertou sozinho as seis dezenas do sorteio da Mega-Sena, realizado neste sábado na cidade de Marília, em São Paulo. O prêmio é de R$ 32.909.935,88.

Moises Silva/EM/D.A.Press

Segundo a Caixa Econômica Federal, as dezenas sorteadas no concurso 1696 são 01 - 12 - 17 - 31 -  37 - 46. Na Quina, 135 apostas acetaram os cinco números. O prêmio é de R$ 27.832,74.

sábado, 18 de abril de 2015

CÂMARA DE MINAS NOVAS-MG APROVA CPI PARA INVESTIGAR IRREGULARIDADES NO TRANSPORTE ESCOLAR

Segundo denúncia, houve desvio de mais de um milhão e quatrocentos mil reais, entre 2013 e 2014.

A Câmara Municipal de Minas Novas-MG aprovou, na sexta-feira, 17/04/2015, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar denúncias de irregularidades em contratos realizados entre o município e a empresa Transcoob, cooperativa responsável pelo transporte de alunos da rede municipal.

Câmara de Minas Novas-mg aprova denúncia e instaura CPI.
Foto: Divulgação Facebook Câmara Minas Novas
Segundo denúncia feita pelo Sr. Jason Henrique Mota Cristianismo, houve desvio, entre 2013 e 2014, de mais de R$1.400.000,00 (um milhão e quatrocentos mil). Ele ainda alerta para os autos valores firmados no termo aditivo para 2015 (contrato nº196/2013) com a Transcoob, na ordem de R$2.722.792,00 (dois millhões setecentos e vinte e dois mil e setecentos e noventa e dois reais). Cristianismo ainda denuncia que houve outro contrato (194/2014), este com a Transcops, onde também há termo aditivo no importe de R$483.488,00 (quatrocentos e oitenta e três mil e quatrocentos e oitenta e oito reais). Veja denúncia completa clicando aqui.

Votaram a favor a criação da CPI os vereadores Agnaldo Leite (Aguinaldinho), Américo Junior (Merquim), Donizete Correia, Geraldo Gonçalves (Geraldo Professor), Geraldo Oliveira (Branco Lima), Gustavo Rodrigues, Ronaldo Souza, José Ferreira (Zezinho Batatinha) e Maria Diva (Diva da Barragem). Os vereadores Antonino Sousa (Toni Cabeça), Jose Wallasy (Cruzinha), Mércio Nepomuceno e João Antônio (Lagoa Grande) votaram contra a criação da CPI.

Após a aprovação, foi eleita a Comissão Processante, tendo como Presidente o Vereador Américo de Fátima Alves Júnior, Relator: Vereador José Ferreira dos Santos e Membro Vereador Donizete Antônio Correia. A comissão apresentará relatório circunstanciado (Art.134, Regimento Interno), com suas conclusões, o qual será publicado e encaminhado: I - à Mesa da Câmara, para as providências de sua competência ou da alçada do Plenário; II - ao Ministério Público; III - ao Poder Executivo Municipal, para adotar as providências saneadoras de caráter disciplinar e administrativo, assinalando prazo hábil para seu cumprimento; IV - à Comissão de Fiscalização Financeira e ao Tribunal de Contas do Estado para as devidas providências; V - à autoridade à qual esteja afeto o conhecimento da matéria. Parágrafo Único - As conclusões do relatório serão submetidas à apreciação do Plenário.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

PF REALIZA OPERAÇÃO DE COMBATE À FRAUDE DE R$ 28 MILHÕES EM SEGURO DPVAT. CIDADES DO VALE DO JEQUITINHONHA SÃO INVESTIGADAS

Montes Claros/MG – A Polícia Federal deflagrou, na madrugada de hoje (13), a Operação Tempo de Despertar, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa, composta por uma extensa rede integrada de servidores públicos, policiais civis e militares, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, agenciadores de seguros e outras pessoais, responsáveis por reiteradas fraudes ao Seguro Obrigatório de Danos Pessoais, causados por veículos automotores de via terrestre, o conhecido seguro DPVAT. As fraudes, até o momento, podem atingir o montante de R$ 28 milhões.
Fonte: O Tempo
Cerca de 220 policiais federais dos estados de Goiás, Espírito Santo, Bahia, Brasília e Minas Gerais cumpriram, simultaneamente, 229 mandados judiciais, sendo 41 mandados de prisão, 07 conduções coercitivas e 61 mandados de busca e apreensão, 12 afastamentos de cargo público, 51 sequestro de bens, 57 afastamentos de sigilo bancário. A investigação é fruto de uma parceria entre a Polícia Federal, o Ministério Público, Corregedoria da Polícia Civil e Polícia Militar de Minas Gerais.

A operação ocorre nas cidades de Almenara, Bocaiuva, Brasília de Minas, Capelinha, Capitão Eneas, Coração de Jesus, Corinto, Cristália, Curvelo, Diamantina, Espinosa, Francisco Sá, Janaúba, Januária, Japonvar, João Pinheiro, Juiz de Fora, Lontra, Manga, Minas Novas, Mirabela, Monte Azul, Paracatu, Pirapora, Porteirinha, Ribeirão das Neves, Salinas, São Francisco, São João da Ponte, Sete Lagoas, Taiobeiras, Turmalina, Várzea da Palma, Rio de Janeiro, Guanambi e Urandi, envolvendo os estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.

Foi identificado pelos investigadores, que o grupo criminoso se utilizava de variadas maneiras para fraudar o seguro DPVAT, dentre as quais: juizamento de ações judiciais por escritórios de advocacia sem conhecimento e autorização da parte autora, por meio da falsificação de assinaturas em procurações e declarações de residência falsas, ajuizamento de ações, de forma simultânea, em comarcas distintas, sem relação com o local da causa, quando os autores sequer tinham conhecimento do ajuizamento de ação em seu nome, entre outras práticas.

Os investigados responderão pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsificação e uso de documentos públicos, corrupção ativa e passiva, e facilitação ou permissão de senhas de acesso restrito a terceiros.

Histórico 

Os policiais federais constataram que, nos últimos anos, grande quantidades de operações haviam sido deflagradas por todo o Brasil com o objetivo de coibir as fraudes contra o seguro DPVAT, Algumas: Operação DPVAT, pela Polícia Militar do Maranhão, Operação Prêmio, Polícia Civil do estado do Ceará, Operação Assepsia, Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro e Operação DPVAT seguro, da Polícia Civil do estado de Sergipe, já davam conta de que a atividade criminosa podia ser sustentada com um grupo organizado e com ramificações em diversas áreas da administração pública, envolvimento de policiais, empresários e empresas de seguro, além de número expressivo de advogados. Somente em uma operação da Polícia Federal, realizada em 2012, foi possível constatar fraudes da ordem de R$ 30 milhões. De posse dessas informações, os policiais federais intensificaram as investigações para identificar os cabeças do esquema, que, pela sua natureza, deveriam se encontrar no interior da seguradora responsável pela gestão do seguro DPVAT.

Cooperação

A investigação, que é fruto de uma parceria entre a Polícia Federal, o Ministério Público, Corregedoria da Polícia Civil e Polícia Militar de Minas Gerais.

Os investigados responderão pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsificação e uso de documentos públicos, corrupção ativa e passiva, e facilitação ou permissão de senhas de acesso restrito a terceiros.

Fonte: Polícia Federal

DOIS HOMENS MORREM EM ACIDENTE NO MUNICÍPIO DE MINAS NOVAS-MG

Dois homens morreram em um acidente na madrugada desse domingo, 12 de abril, na zona rural de Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha. Os corpos de Lucas Soares Nunes e Daniel Coelho Cristianismo foram encontrados ao lado de uma motocicleta na estrada de Capivari sentido a Jacu.

Foto do jovem Daniel, uma das vítimas
Foto: Reprodução Facebook.
De acordo com o registro de ocorrências da Polícia Militar (PM), os rapazes estavam em uma festa na Comunidade do Cisqueiro, no município de Capelinha, e o acidente ocorreu no retorno deles para suas residências durante a madrugada. Um irmão de Lucas relatou que por volta de 10h30 da manhã de domingo foi informado por terceiros que havia acontecido um acidente de moto com duas mortes e ao chegar no local, constatou que uma das vítimas era seu irmão.

A Perícia Técnica da Polícia Civil foi acionada e após os trabalhos de praxe, os corpos foram liberados e encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Capelinha. O veículo Yamaha XTZ 250 Lander, placa EGZ-0249, de cor laranja, estava em situação regular e foi liberado para um familiar da vítima Daniel.

Via Portal Aranãs

ACIDENTE ENTRE MOTO E CAMINHÃO DEIXA DOIS MORTOS EM CAPELINHA, PRÓXIMO AO TREVO DE ANGELÂNDIA

Duas pessoas morreram em um gravíssimo acidente no início da manhã desta segunda-feira, 13 de abril, na MGC-120, no município de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha. De acordo com as primeiras informações, um caminhão carregado com sacos de cimento colidiu contra uma motocicleta próximo ao trevo de Angelândia.

Acidente aconteceu na MGC-120, próximo ao trevo de Angelândia – Foto: Internauta/via WhatsApp
Com o impacto do acidente, o caminhão tombou às margens da rodovia e a carga ficou espalhada. Os dois ocupantes da moto não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) compareceu ao local e constatou o óbito das vítimas.


Já o motorista do caminhão não sofreu ferimentos e se negou a ser encaminhado ao hospital pela equipe do SAMU. A Perícia Técnica da Polícia Civil foi acionada e após os trabalhos de praxe, os corpos serão encaminhados para o Instituto de Médico Legal (IML).























Fonte: Aconteceu no Vale


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