Por Sérgio
Vasconcelos, do Gazeta de Araçuaí
Aécio Jardim nega participação no escândalo que
desencadeou a Operação Esopo em vários estados do Brasil e cidades do norte de
MG e Vale do Jequitinhonha para apurar desvio de verbas do Ministério do
Trabalho através do IMDC.
O médico e ex-prefeito concedeu por telefone entrevista ao jornal Gazeta. Foto: arquivo
O ex-prefeito de Araçuai, no Vale do Jequitinhonha (MG) o
médico Aécio Silva Jardim (PDT) vai se apresentar nesta sexta-feira (13) às 9
da manhã na sede da Polícia Federal em Belo Horizonte.
Ele está na capital mineira desde a tarde de
quarta-feira,(11) quando, acompanhado de dois advogados se apresentou
espontaneamente à Polícia Federal. “ O delegado que acompanha o caso, marcou
para esta sexta-feira o meu depoimento”, disse Jardim . “Estou arrolado no
processo como investigado, assim como os outros prefeitos que assinaram
convênios com o IMDC. Nós somos a parte miúda de tudo isso e vou provar que
nada fiz de errado”, disse ele.
Em entrevista por telefone, ao jornal Gazeta , na
tarde desta quinta-feira, ele reagiu às notícias de que está foragido. “
Não foi expedido nenhum mandado de prisão contra mim e sim um mandado de busca
e apreensão. A Polícia Federal esteve em minha casa em Araçuai e em Salinas,
onde moro atualmente. Eles procuravam dólares e documentos oficiais. Vasculharam tudo. Nada foi encontrado porque eu não participei de nada
disso. Tudo era passado diretamente para o IMDC-“ afirma o ex-prefeito.
O IMDC Instituto Mundial de Desenvolvimento e
Cidadania, está no centro de um escândalo de desvio de verbas do
Ministério do Trabalho e Emprego que pode chegar a R$ 400 milhões.
A operação batizada de Esopo, foi deflagrada na última
segunda-feira (9) e envolveu Ministério Público Federal, Controladoria
Geral da União (CGU) e Polícia Federal. Na segunda-feira, agentes da PF e da CGU
levaram todos os documentos referentes ao convênio da prefeitura de Araçuai com
o IMDC.
A operação que prendeu 22 pessoas, incluindo seis
ex-prefeitos, provocou a queda de quatro pessoas no Ministério do Trabalho e
Emprego, entre elas o número 2 da pasta, o secretário-executivo Paulo Roberto
Pinto, filiado ao PDT.
Em 2010 o IMDC foi responsável pelo Programa Projovem em
Araçuai, através de um convênio de R$1.5 milhão ( Um milhão e 500 mil) para
executar projeto de formação de mão de obra para pessoas de 19 a 29 anos. O programa
apresentou várias irregularidades.
De acordo com o ex-prefeito técnicos do Ministério do
Trabalho e do IMDC acompanharam todo o processo.
Sobre o saque de R$ 755 mil reais em uma conta do
Banco do Brasil, Aécio Jardim afirmou que todo o dinheiro foi repassado para o
IMDC.
“Nenhuma prefeitura faz esse tipo de saque. Quando
o dinheiro entrava na conta o pessoal do IMDC já ligava pedindo para fazer o
repasse. Assim como os outros prefeitos eu também fui enganado. Como não
aceitar um projeto para capacitar mais de mil jovens, com uma pequena
contrapartida da prefeitura? Eu queria o que fosse de melhor para Araçuai”,
disse ele.
O ex-prefeito apontou o deputado federal Ademir Camilo
como intermediário de todo o programa. “ Como eu tenho divergências
políticas com o deputado, acabei não participando de nada, inclusive da
aula inaugural do Programa que fizeram em Araçuai, juntamente com o então
ministro do Trabalho Carlos Lupi”, lembrou o ex-prefeito. O deputado nega as
acusações.
Sobre o envolvimento do seu nome no escândalo, Aécio
Jardim foi categórico. “ O delegado da Polícia Federal disse para mim que todos
os bandidos estão presos. Estou com minha consciência tranquila. Nunca desviei
um tostão de prefeitura. A Polícia Federal já vasculhou a minha conta e de
todos os meus familiares. Nada foi encontrado”, afirmou o ex-prefeito que
estava de viagem marcada para o Uruguai, Argentina e Chile. “Não tenho mais
condições psicológicas de viajar”, admitiu Aécio Jardim, reconhecendo estar
decepcionado com a política. “Não quero mais saber disso”, finalizou.
1 comentários:
ele mente claramente quando diz: não desviei um tostão da prefeitura kkkkkkkkkkkkkkcomédia demais
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