Cidades do Vale do Jequitinhonha têm locais onde os viciados em crack se reúnem para consumir a droga. Outro problema é a presença ameaçadora dos traficantes.
De acordo com os moradores, a parte mais carente da cidade, às margens do Rio Araçuaí, conhecido como “Buraco do Bicudo”, é usada toda noite pelos viciadosem crack. Junto ao
local, o esgoto da cidade é despejado no rio sem tratamento. O mau cheiro, o
lixo e todo tipo de sujeira espalhada pelos arredores não incomodam os
frequentadores. O lugar também parece dominado pelo tráfico e a população,
amedrontada, prefere o anonimato ao falar sobre o problema do consumo de drogas
na área, evitando se expor.
“Vejo aí meninos de15, 14 e até de 13 anos. A gente já se acostumou com isso, pois não podemos fazer nada para mudar esta situação”, diz uma vizinha, que não se identificar. Outra moradora reclamou que sua casa virou um inferno por causa dos frequentadores indesejáveis do terreno na beira do rio. “Tem noite que a gente nem consegue dormir direito. por causa do barulho que aprontam”, disse a mulher, que também não quis se identificar.
Enquanto o repórter conversava com uma moradora, na casa dela, um rapaz, usando bermuda, sem se identificar, foi até o carro usado pela equipe, que estava parado na rua, e perguntou ao motorista quem eram aqueles estranhos e o que queriam ali. Em seguida, disse que não era recomendável que os visitantes permanecessem no local por muito tempo.
Democratização do mal
O subscretário Estadual de Políticas sobre Drogas, Clóves Benevides, reconhece que o crack se expandiu para o interior. “Percebemos que há uma migração das drogas, que já chega aos municípios menores. É uma espécie de democratização do mal, atingindo grandes e pequenas cidades”, afirma. Segundo ele, o Estado atua em duas frentes, na repressão ao tráfico e na recuperação dos dependentes químicos, com destaque para o programa “Aliança pela Vida”, que repassa R$ 900 para famílias carentes que tem pessoas em tratamento contra o vício.
Praticamente todas
as capitais brasileiras têm uma cracolândia, local onde os viciados se
encontram para comprar e consumir a droga. Em São Paulo , ela fica na
Região Central da cidade, nas proximidades da Estação da Luz. A novidade é que
os pequenos municípios do interior, mesmo os de regiões carentes, já têm
cracolândia. É o caso de Araçuaí – de 36 mil habitantes, Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,687, a 678 quilômetros de
Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha.
De acordo com os moradores, a parte mais carente da cidade, às margens do Rio Araçuaí, conhecido como “Buraco do Bicudo”, é usada toda noite pelos viciados
“Vejo aí meninos de15, 14 e até de 13 anos. A gente já se acostumou com isso, pois não podemos fazer nada para mudar esta situação”, diz uma vizinha, que não se identificar. Outra moradora reclamou que sua casa virou um inferno por causa dos frequentadores indesejáveis do terreno na beira do rio. “Tem noite que a gente nem consegue dormir direito. por causa do barulho que aprontam”, disse a mulher, que também não quis se identificar.
Enquanto o repórter conversava com uma moradora, na casa dela, um rapaz, usando bermuda, sem se identificar, foi até o carro usado pela equipe, que estava parado na rua, e perguntou ao motorista quem eram aqueles estranhos e o que queriam ali. Em seguida, disse que não era recomendável que os visitantes permanecessem no local por muito tempo.
Saiba
mais...
Em Itaobim, a 70 quilômetros de
Araçuaí, existem vários locais, nas áreas mais pobres da cidade, que passaram a
ser dominados pelo tráfico. O problema mais sério no município é a formação de
gangues de adolescentes e jovens, resultado do consumo da droga. “Estamos
apurando denúncias de que pais estão retirando os filhos da escola e mudando de
endereço, com medo da violência e das drogas”, informa Aparecida de Cássia Gil
Santos, presidente do Conselho Tutelar de Itaobim.
Democratização do mal
O subscretário Estadual de Políticas sobre Drogas, Clóves Benevides, reconhece que o crack se expandiu para o interior. “Percebemos que há uma migração das drogas, que já chega aos municípios menores. É uma espécie de democratização do mal, atingindo grandes e pequenas cidades”, afirma. Segundo ele, o Estado atua em duas frentes, na repressão ao tráfico e na recuperação dos dependentes químicos, com destaque para o programa “Aliança pela Vida”, que repassa R$ 900 para famílias carentes que tem pessoas em tratamento contra o vício.
Fonte: Luiz Ribeiro - Estado de Minas
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