O estudante
Guilherme Carvalho Prates, do 2º ano do técnico em Meio Ambiente do
IFNMG-Câmpus Araçuaí, foi premiado na 13ª Feira Brasileira de Ciências e
Engenharia (Febrace), promovida pela Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo, uma das principais feiras de ciências que ocorrem anualmente no
Brasil e que, neste ano, reuniu trabalhos de estudantes de todo o país em cerca
de 320 estandes.
O estudante Guilherme e seu orientador, professor Magno, com o microscópio alternativo de baixo custo.
No evento,
que aconteceu de 16 a
20 de março, Guilherme apresentou o projeto “Microscópio alternativo de baixo
custo” e foi agraciado por medalhas de reconhecimento ao mérito concedidas pela
Sociedade Brasileira de Microbiologia e pela Associação Brasileira de Incentivo
à Ciência (destaque em iniciação científica). Além disso, conquistou a quarta
colocação da Febrace na área de Biologia.
O microscópio
O trabalho
premiado consiste em uma pesquisa realizada para construir um microscópio
alternativo e descobrir o real aumento que ele proporciona, comparado ao
microscópio óptico de ensino. A partir do protótipo, concebido originalmente
pelo professor Miguel Zadoreski (IFMT), Guilherme construiu o microscópio
alternativo utilizando sucatas, tais como lente de leitor de DVD e potes de
remédios. O projeto foi apresentado na Mostra Científica das Escolas em Araçuaí
(Mostrar), realizada no IFNMG-Câmpus Araçuaí em 2014, e classificado em
primeiro lugar.
O estudante
continuou realizando estudos para provar que o aumento do microscópio
alternativo era compatível com o de um microscópio utilizado em laboratório de
ensino. Com a orientação dos professores Magno Barbosa Dias e Edilson Luiz
Cândido, ele chegou a um resultado de aumento de cerca de 70 vezes, um valor
intermediário das ampliações de 40
a 100 vezes obtidos com um microscópio óptico,
largamente utilizado no ensino de Ciências.
O professor
Magno explica que a vantagem do microscópio alternativo é que seu custo é muito
baixo (R$ 2,50) e o benefício que traz para a aplicação na educação científica,
muito grande. “Pense num microscópio que tem o poder de ampliar imagens de
células de cebola, fungos, entre outras estruturas que jamais poderiam ser
vistas a olho nu. Pense num equipamento muito simples de manusear e que pode
auxiliar o professor numa aula sobre estruturas microbiológica dos organismos.
Esse instrumento é justamente o microscópio alternativo”, conta Magno.
Mostrar
O caminho
de Guilherme até a Febrace começou pela Mostrar. Segundo Magno, dependendo da
classifcação do trabalho na Mostra, o aluno é levado para outras feiras em
nível estadual, nacional e com perspectivas de chegar até a feiras
internacionais.
Para Guilherme,
a Mostrar foi um importante espaço de incentivo. “Tanto os colegas quanto os
professores que me orientaram apostaram na minha capacidade e acho que
correspondi, mas quero continuar divulgando esse trabalho nas escolas e
incentivar mais jovens a buscarem esse caminho”, diz o estudante.
0 comentários:
Postar um comentário
As opiniões expostas nos comentários não refletem as do autor do Blog.Não serão aceitos comentários ofensivos, de baixo calão.