Turistas vão ao local para apreciar trabalhos. Artesanato
sustenta famílias da região.
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A cerâmica do Vale do Jequitinhonha tem um estilo
diferenciado e próprio. Dona Zezinha é uma das artistas de região de Minas
Novas. Não foi ela que escolheu o artesanato. O artesanato escolheu Dona
Zezinha por uma questão de necessidade.
“A necessidade era muita e impulsionou todo mundo a
trabalhar com o barro", conta. Com o tempo veio o reconhecimento
internacional. "Eu até fui escolhida pra participar daquele mulheres
artesãs do Brasil, eu até fui selecionada pra mim ir lá na ONU. Mas aí eu não
fui não”, diz.
São mais de 30 anos trabalhando com o artesanato. As
primeiras peças foram para suprir a falta dos brinquedos convencionais. Uma das
filhas de Dona Zezinha ajuda na pintura das peças. Toda a família se sustenta
pelo artesanato.
O artesanato de Minas Novas já ultrapassou os limites do
Vale do Jequitinhonha. Quem antes só comprava as peças, agora faz questão de ir
até lá saber como elas são feitas.
O local recebe turistas. Todos entram na rotina das
artesãs, se hospedam por uma semana na casa delas.
Quem não vai à zona rural, pode apreciar a arte do
Jequitinhonha na cidade de Minas Novas. O sobradão, uma das primeiras
construções de quatro andares do Brasil, em pau a pique, foi sede do governo da
província de Minas Novas. Hoje, o prédio de barro de 1821 virou museu e ponto
de venda das peças.
O cotidiano moldado em barro retrata a realidade da roça:
seus animais, os amores que surgem, a vida que se multiplica, peças que têm a
cara do Vale, a essência do Jequitinhonha e um pouco dos sentimentos de quem as
cria.
Via G1 - Terra de Minas
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