Segundo Higor Maciel são necessários cerca de R$ 108 mil
apenas para a compra de manilhas.
Uma cratera aberta na principal avenida da cidade, dividiu Berilo em duas. Foto: Gazeta de Araçuai
O prefeito de Berilo, no Vale do Jequitinhonha (MG) Higor
Maciel Coelho (PMDB) afirmou na quarta-feira (15) em Belo Horizonte, que
a prefeitura não tem condições financeiras de reconstruir a galeria da
principal avenida de acesso à cidade- a Geraldo Alves Martins, que foi
destruída pelas últimas chuvas que caíram na região.
A avenida também garante o acesso às cidades de Chapada do
Norte e Minas Novas, via BR-367.
O prefeito esteve na capital mineira em busca de ajuda do
governo estadual e afirmou que são necessários cerca de R$ 108 mil reais para
adquirir manilhas de aço de 2
metros de diâmetro para serem colocadas na galeria que
está completamente destruída.” Já entregamos o orçamento à Secretaria de
Estado de Transportes e Obras Públicas e estamos aguardando a liberação dos
recursos”, disse ele.
De acordo com o prefeito, a prioridade da administração é
garantir que o fluxo de carros seja totalmente normalizado na avenida .
Cratera dividiu cidade em duas
“Nasci e me criei aqui e nunca tinha visto nada igual.
Todos os anos, a prefeitura limpava o canal para evitar entupimento. Berilo
acabou”,
Foi dessa forma que o aposentado João da Cunha, de 83
anos, falou a respeito do buraco, que tem dimensões de uma cratera com
mais de 10 metros
de profundidade que se abriu na avenida , dividindo Berilo em duas: o centro da
cidade e o bairro São Francisco.
Para o lojista Silvano Ramalho, o desastre foi provocado
por um loteamento acima da galeria. “Fizeram terraplenagem e jogaram toda a
terra no córrego. Quando veio a chuva, toda a terra desceu para a galeria que
não suportou o volume de entulho e transbordou”, contou Ramalho que teve um
prejuízo de R$70 mil.
A água entrou no depósito da sua loja que fica próxima ao
local. A prefeitura utilizou uma retroescavadeira para abrir um
canal de escoamento da água que invadiu a avenida e isolou os moradores.
Um enorme paredão de concreto teve de ser destruído.
Quando as águas baixaram uma outra manilha foi colocada e, em seguida,
sacos de areia e terra foram jogados por cima, para normalizar o
trânsito.
Dias depois, um caminhão com mais de 20 toneladas
atravessou o trecho que cedeu e reabriu a cratera. Ficou apenas uma pequena
faixa que possibilita a passagem de pedestres e motos.
A imagem que se tem é de completa destruição. Toda a
tubulação de água e esgoto está suspensa e à mostra.
Há muitos destroços de concreto, restos de manilhas e
muito lixo dentro do buraco. Um pequeno lago se formou e os moradores temem um surto
de dengue.
O prefeito decretou situação de emergência no município
que possui cerca de 13 mil habitantes.
Via Gazeta de Araçuai
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