Movimento tem como objetivo chamar a atenção contra a
queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ainda contra o
excesso de encargos assumidos pelas prefeituras com os convênios firmados com
os governos federal e estadual.
A decisão foi tomada durante assembléia realizada em Diamantina. Foto: Acontece Regional
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A principal proposta aprovada foi a paralisação, nos
dias 12 e 13 de dezembro, das atividades municipais, em caráter simbólico e com
todos os cuidados legais, como forma de chamar a atenção para a situação
preocupante na qual os municípios chegaram neste final de ano.
O encontro foi realizado nesta quinta-feira (7) em
Diamantina, na sede da Amaje (Associação dos Municípios do Alto Jequitinhonha),
cujo presidente é o prefeito de Angelândia, Thiago Pimenta. A entidade reúne 21
municípios, dos quais 15 compareceram.
O objetivo da mobilização, conforme Thiago Pimenta, é
garantir maior participação das cidades no bolo de recursos arrecadados pelo
Estado e pela União e repassados por meio do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM).
Atualmente, de cada R$ 100, apenas R$ 18,70 ficam com o
município.
Por outro lado, os prefeitos têm assumido novas
atribuições a cada dia, como é o caso do fim dos lixões e da manutenção dos
equipamentos de iluminação pública.
Em Capelinha, por exemplo, dos R$ 57 milhões previstos
como arrecadação para 2013, apenas R$ 32 milhões foram obtidos até outubro. Ou
seja: a apenas dois meses para o fim do ano, faltam R$ 25 milhões para o
município fechar o ano dentro da previsão orçamentária. “É uma meta impossível
de atingir dentro da realidade hoje de queda brutal nos repasses e na
arrecadação como um todo”, admite o prefeito de Capelinha, José Antônio Alves
de Souza, o Zezinho da Vitalina.
A proposta da Amaje é que os municípios de sua influência
formem caravanas para juntar-se, no dia 13 de dezembro, ao ato público
intitulado “Dia do Basta - Minas Quebra o Silêncio”, que ocorrerá em Belo
Horizonte.
O ato está sendo organizado pela Associação Mineira dos
Municípios (AMM).
PORTAS FECHADAS POR DOIS MESES E CORTE NA FOLHA
Diante da situação de queda na arrecadação, que se repete
em todos os municípios do Alto Jequitinhonha, há casos em que os prefeitos
estudam até mesmo a suspensão temporária de serviços municipais, como adianta o
prefeito de Angelândia Thiago Pimenta. “Vamos manter apenas o serviço de
urgência e emergência e a limpeza urbana, pois não há recursos para manter o
funcionamento da máquina”, diz.
No caso de Angelândia, o prefeito Thiago Pimenta informou
que publicará um decreto fechando a prefeitura assim que terminar o
período escolar, por volta do dia 20 de dezembro, e somente a reabrirá na
segunda quinzena de fevereiro de 2014.
Já o prefeito de Senador Modestino Gonçalves, Hernane
Araujo de Oliveira, disse não ter encontrado outra alternativa senão reduzir o
quadro de funcionários. “Até agora conseguimos manter a folha em dia, mas
fornecedores já estão em atraso e não sabemos até quando vamos ter recursos
para pagamento de pessoal”, declarou ele. A lista de demissões incluirá
funcionários comissionados e contratados.
CANDIDATOS EM 2014 TERÃO DE ASSUMIR COMPROMISSO COM
AUMENTO NO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO.
A Associação dos Municípios do Alto Jequitinhonha (Amaje)
se comprometeu, na reunião desta quinta-feira, 07/11, a cobrar de todas os
políticos que fizerem campanha na região, nas eleições do ano que vem, que
assumam o compromisso de rever a divisão das receitas, aumentando o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM), dentre outras formas de elevar os caixas.
A proposta da Amaje é que os municípios de sua influência
formem caravanas para juntar-se, no dia 13 de dezembro, ao ato público
intitulado “Dia do Basta - Minas Quebra o Silêncio”, que ocorrerá em Belo
Horizonte. O ato está sendo organizado pela Associação Mineira dos Municípios
(AMM).
Fonte: Acontece
Regional
1 comentários:
Srs prefeitos do Vale, aproveite estas reuniões e reflitam como estão sendo os seus apoios a deputados e senadores. A decadência das prefeituras podem estar associada às escolhas de parlamentares que caem de paraquedas e não tem nada a ver com a nossa realidade.
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