Ex-prefeito é alvo de investigações da operação
'Esopo'. Polícia investiga desvio de recursos públicos em processos licitatórios.
Agentes da
Polícia Federal e da Controladoria Geral da União descobriram nesta
segunda-feira (9) um saque realizado em 23 de julho de 2010 no valor de R$
755.368,67 da conta da prefeitura de Araçuaí (MG), entre os documentos
apreendidos na operação "Esopo".
Os três agentes
da Polícia Federal e dois da Controladoria Geral da União passaram a manhã no
prédio da prefeitura, na Rua Dom Serafim, no Centro da cidade, analisando
documentos da gestão do ex-prefeito Aécio Silva Jardim, entre os anos de 2009 e
2012.
A conta foi aberta no Banco do Brasil em 20 de janeiro de 2010. Os policiais
levaram extratos bancários desde a abertura da conta até o dia 31 de dezembro
de 2012.
A análise desses documentos fazem parte da operação "Esopo", de combate ao desvio de
recursos públicos a partir de processos licitatórios. A operação
da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal, Controladoria
Geral da União e Receita Federal foi deflagrada na manhã desta segunda-feira em
outras cinco mineiras, além de outros nove estados e Distrito Federal.
Em Araçuaí, os agentes tinham em mãos uma
lista de documentos que foram apreendidos. A grande maioria, documentos
originais de empenhos, extratos bancários e de processos licitatórios. Foram
analisados documentos das secretarias de administração, fazenda e
desenvolvimento social.
ProJovem
Criado em 2005
e reestruturado em 2008 quando passou a ser denominado de Projovem Integrado, o
programa federal é uma extensão da Política Nacional de Juventude e se divide
em quatro modalidades, voltada aos jovens com diferentes perfis. Cada uma é
gerida por um órgão federal diverso, mas sempre conta com a parceria de estados
e municípios.
Em Araçuaí,
após um processo licitatório realizado em 2009, o Instituto Mineiro de
Desenvolvimento e Cidadania (IMDC) sagrou-se vencedor para executar as ações do
programa na cidade. O valor de R$ 1.510.381,25 foi recurso disponibilizado pela
União e R$ 79.493,75 seria a contrapartida da prefeitura de Araçuaí. Este
contrato também foi alvo da Polícia
Federal, mas as cópias não foram encontradas.
A PF também
tentou ter acesso a relatórios de contribuintes, boletins cadastrais e laudos
do setor de arrecadação do governo Aécio, mas não obteve sucesso. No início
deste ano o atual prefeito, Armando Paixão teve que recorrer a justiça para
obter o banco de dados da prefeitura e mesmo assim o recebeu com dados
danificados. Os policiais fizeram um relatório sobre o ocorrido e deixaram o
prédio da prefeitura pouco antes das 14h.
Até às 17h45 desta segunda-feira, Aécio Silva Jardim não foi encontrado para prestar esclarecimentos.
Por Diego
Souza, do G1
Grande Minas
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