O Hospital Nossa Senhora da Saúde de Diamantina, fundado em 1901, passa
por problemas financeiros e amarga um déficit em suas contas há 4 anos. A
instituição, que atende cerca de 2.000 (dois mil) pacientes por mês, tem 109
funcionários e vem se desdobrando para cumprir seus serviços com o baixo
orçamento do Serviço Único de Saúde (SUS) e a falta de dinheiro em caixa.
Pagar fornecedores, quitar as dívidas de 100 mil com as empresas
COPASA e CEMIG e tentar aumentar os investimentos das prefeituras da região nos
serviços utilizados aqui, estão nos planos urgentes da nova diretoria para
tentar equacionar a crise.
A instituição atende 19 municípios da macrorregião do
Jequitinhonha com oferta dos serviços de pediatria, ortopedia, clinica
geral, obstetrícia e ginecologia.
No entanto de acordo com a provedora do Hospital Nossa Senhora
da Saúde, Gislene Maria Camelo Motta, as prefeituras repassam os recursos
propostos no programa de pactuação integrada do ministério da saúde (PPI), mas
mandam um numero muito maior que o proposto para utilizar os serviços aqui.
O Consorcio Intermunicipal AMAJE que representa estes municípios
através de sua secretária executiva, Amanda Pimenta Pires, argumenta que o
Hospital deve elaborar um reajuste no repasse dos municípios, mas em
contrapartida aumente a oferta de cirurgias e outros serviços.
O custo da manutenção da instituição
é de R$ 1,2 milhões, mas de acordo com a provedora apenas R$ 500 mil reais
entram na conta da instituição para este fim. O saldo negativo vem acumulando
uma dívida constante e um acúmulo de R$ 1,6 milhões.
Nos últimos 4 anos a prefeitura de Diamantina deixou de repassar R$ 4 milhões para a instituição.
Antigo casarão do barão de Paraúna. Ele e sua esposa doaram para ser um hospital
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Na atual administração, o prefeito Paulo Célio informou que o
repasse só poderá ser feito mediante a projeto de lei aprovado na Câmara
municipal, mas reconhece que a saúde necessita de investimentos urgentes.
De acordo com a provedora são vários os fatores que contribuem
para a crise na instituição. A tabela do SUS totalmente defasada, chegando a
pagar R$ 10 reais por uma cirurgia; O alto custo da mão de obra médica e a
falta de reajustes nos repasses dos convênios das prefeituras usuárias dos
serviços. Segundo Gislene a 7 anos a casa recebe o mesmo repasse de verbas do
SUS, mas os serviços oferecidos encareceram.
Autoridades buscam soluções
para a crise do hospital
Em recente visita a unidade o
secretário estadual de saúde, Antônio Jorge, fez uma doação emergencial de R$
200 mil reais, para a casa de saúde resolver parte dos problemas e prometeu
rever os investimentos das prefeituras nos serviços ofertados.
Fonte: Jornal Portal do Vale
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