sexta-feira, 30 de agosto de 2013

EX-PREFEITA DO VALE DO JEQUITINHONHA É CONDENADA A 3 ANOS E 6 MESES DE DETENÇÃO


Domingas de Almeida Carvalho teria utilizado servidores
municipais em obras particulares.
A ex-prefeita de Bandeira, no Vale do Jequitinhonha, Domingas de Almeida Carvalho foi condenada a três anos e seis meses de detenção por improbidade administrativa, mas teve a restrição de liberdade convertida em uma pena de prestação de serviço à comunidade. Ela foi julgada por utilizar servidores municipais em obras particulares. A decisão, que saiu nesta quinta-feira (29), foi da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e confirmou a sentença do juiz Antônio Fortes de Pádua Neto, da 2ª vara Cível de Almenara, na mesma região.
Segundo os autos, a ex-prefeita destacou funcionários do município para trabalhar na reforma das casas de duas pessoas, que não tinham sido agraciadas por qualquer programa habitacional do poder público. Na ação, a ex-prefeita argumentou que o Ministério Público não era legítimo para conduzir as investigações, argumento rechaçado pelo relator do recurso, desembargador Cássio Salomé.

O magistrado destacou, em seu voto, a característica que envolve as disputas políticas em cidades de pequeno porte do interior: “É notório que as disputas políticas em municípios pobres e pouco populosos costumam ser mais acirradas que o usual, exatamente porque os vencedores têm o hábito de contemplar os seus partidários com cargos e outras benesses, assim que apanham as chaves dos cofres municipais, deixando os adeptos dos vencidos à míngua”.
O desembargador entendeu que a atitude da ex-prefeita feriu os princípios democráticos, já que ela admitiu em interrogatório que as pessoas beneficiadas não tinham sido selecionadas por programa habitacional do município. Os desembargadores Agostinho Gomes de Azevedo e Sálvio Chaves acompanharam o relator. 

Fonte: O Tempo

Sobre o Autor: Bernardo Vieira
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    Bernardo Vieira

    Sou mais um apaixonado pelo Vale do Jequitinhonha e suas riquezas. Venho, através deste blog, tentar expandir a cultura do vale, bem como trazer novidades e coisas úteis em geral. Formado em Administração pela UFLA - Universidade Federal de Lavras e Funcionário Público Estadual (TJMG). contato pelo email: nabeminasnovas@yahoo.com.br ou bernardominasnovas@hotmail.com.

    1 comentários:

    Unknown disse...

    É impressionante como o ser humano julga os seus pares, e a meu ver não há nada de errado com isso, o problema está que na sua grande maioria julgam mal, sem nenhum embasamento que justifique suas opiniões, quase sempre estão carregadas de tanto sentimento que fogem ao bom senso. Quando vi a matéria, o meu sentimento foi de tristeza, até porque posso falar com certa propriedade sobre o assunto.
    O tema em questão é um processo, no qual a Ex-Prefeita, que não é segredo, trata-se da minha mãe.
    Não estou a par de todas as informações, peço desculpas, e sintam-se a vontade para corrigir eventuais equívocos. Na verdade vou discutir aqui pontos trazidos na reportagem.
    A ex-prefeita cedeu alguns funcionários para realizar reforma em duas casas, diga-se de passagem pessoas carentes. Todo o caso gira em torno disso.
    O magistrado destacou, em seu voto:
    “É notório que as disputas políticas em municípios pobres e pouco populosos costumam ser mais acirradas que o usual, exatamente porque os vencedores têm o hábito de contemplar os seus partidários com cargos e outras benesses, assim que apanham as chaves dos cofres municipais, deixando os adeptos dos vencidos à míngua”.
    Percebe-se aqui que, o magistrado generaliza a questão, e nela inclui a ex-prefeita, o que na minha humilde opinião não é cabível, uma vez que, toda regra tem exceção. Concordo que no interior é bastante comum tal prática, no entanto, não se pode atribuir que todo gestor de cidades do interior coadunem com tal prática. Posso entender que “talvez” a ex-prefeita não tenha adotado os procedimentos corretos para ajudar aquelas pessoas, uma coisa é isso, já outra coisa é se afirmar que a intenção da mesma, era de retribuição a apoio eleitoral recebido, e é inclusive perigoso pensar dessa forma, porque imaginem se o gestor ao beneficiar algum cidadão passasse pela cabeça dele que poderia ser alvo de um processo judicial, as coisas seriam complicadas. Isto é até algo para que a população pense no assunto, para quando tiver que pedir algo à seu governante e receber uma negativa, pensar na hipótese de que talvez ele se tenha negado a atender o seu pedido, pautado em lei, por ter que seguir algum procedimento, fica a dica. Nunca passou pela cabeça da ex-prefeita que a ajuda concedida àquelas famílias era algo incorreto, pelo contrário, tinha ela a certeza de estar praticando o bem, o que na verdade não é o que o homem comum pensaria, pois o que se pensa ao ajudar alguém, além da satisfação pessoal, é que está cumprindo o seu papel como pessoa, cidadão, cristão, e que não é nada mais que que o nosso papel de ajudar o próximo.
    Gostaria de deixar aqui um recado a ela, dona Domingas, “com certeza muitos vão te condenar, mas muitos mais vão te absolver, não se preocupe com isto, porque cristo foi condenado e crucificado...”

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