11:30
Bernardo Vieira
Na
manhã de sábado, 08 de junho, no município de Araçuaí, o Levante Popular da
Juventude e o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) foram dialogar com a
população sobre a tarifa de energia em Minas, colocando como eixo central da
discussão o Plebiscito Popular para a redução da tarifa de energia. Foi
feita panfletagem na feira, local de muita movimentação e ponto de encontro de
campo e cidade. A atividade é para agitação e preparação para o seminário que
ocorrerá dia 22 de junho em Araçuaí, a nível regional.
A
população se mostrou bastante interessada na discussão da tarifa e muitos
agricultores que lá estavam colocaram que “não têm como aumentar a produção,
porque a energia é muito cara e para bombear a água do rio fica mais cara ainda
a tarifa”. “Tenho que acordar 3 vezes na noite para poder irrigar minha
plantação, pois quem usa energia a noite a conta é mais barata”, diz o
agricultor.
As mulheres da feira colocaram que
por mais que tentem apagar as lâmpadas e usar menos vezes o ferro elétrico, as
contas continuam caras. Ao ler o panfleto fica claro que o motivo está nos
valores dos impostos da tarifa. A população araçuaiense expõe que já
estava na hora de tomarmos uma atitude diante da situação de Minas Gerais e que
no dia da votação, em outubro, devemos por uma urna lá na feira municipal “para
o povão votar”.
Além da panfletagem foi feito também
lambe-lambe em parte da cidade. “Essa ferramenta serve como instrumento para
publicizar a situação dos altos preços da conta de luz, bem como evidenciar o
papel central que o governo de Minas assume ao transferir mais investimento
para as empresas (em destaque a CEMIG) do que em políticas públicas essenciais
para a população mineira”, aponta Lízian, militante do Levante.
“Este
plebiscito promete muito trabalho de base!!!” afirma Aline Ruas, do MAB. Até
dia 19 de outubro várias atividades já estão sendo planejadas para a região,
como anúncios em rádios, panfletagens, assembleias nos bairros e nas
comunidades rurais da região.
E
o povo segue na luta, porque “Energia não é Mercadoria!!!”
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