Marcado
para ter início nesta quarta-fera (15), a Justiça de Minas Gerais decidiu
suspender o julgamento de dois acusados pela chacina de Felisburgo (737 km de
Belo Horizonte) --que deixou cinco sem terra mortos, em 2004-- para tentar
reunir todos os cinco processos do caso e 18 acusados num só julgamento. A
decisão foi tomada nesta terça-feira (14), pelo juiz Glauco Eduardo Soares
Fernandes.
Segunda-feira
(13), pelo fato de que 60 testemunhas do caso seriam ouvidas em Jequitinhonha
(690 km de Belo Horizonte), enquanto o julgamento seria iniciado na capital
mineira, a defesa do principal réu do julgamento, acusado de ser o mandante, o
fazendeiro Adriano Chafik Luedy, réu confesso, entrou com pedido para que as
testemunhas fossem ouvidas em Belo Horizonte.
O
Ministério Público concordou com o pedido da defesa e, com ela, o magistrado
optou por abrir vistas novamente, desta vez também para a defesa, para que as
duas partes se manifestem pela intenção de reunir os cinco processos e 18 réus
do caso num só julgamento.
O primeiro
júri, marcado para 17 de janeiro, foi adiado porque o juiz de Jequitinhonha,
onde inicialmente ocorreria o julgamento, ter enviado o processo para Belo
Horizonte antes que a defesa dos réus indicasse testemunhas a serem ouvidas na
ocasião. As 60 testemunhas, porém, começaram a ser ouvidas na cidade.
A sangue frio, numa manhã de sábado
O crime
aconteceu em 2004, em Felisburgo, Vale do Jequitinhonha, região mais pobre de
Minas Gerais. O fazendeiro e outros 17 homens são acusados pelo crime que
deixou cinco mortos e 15 feridos e que foi transferido para Belo Horizonte por
questão de segurança.
Apesar
disso, as testemunhas não são obrigadas legalmente a se deslocar para a capital
para prestar depoimento, conforme alegou a defesa dos acusados dos
assassinatos.
Adriano
Chafik Luedy vai a júri pela acusação de comandar ataque ao acampamento Terra
Prometida, do MST, na Fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, na manhã de 20 de
novembro de 2004, um sábado.
Na
ocasião, foram assassinados cinco trabalhadores rurais. Iraguiar Ferreira da
Silva, 23, Miguel Jorge dos Santos, 56, Francisco Nascimento Rocha, 72, Juvenal
Jorge da Silva, 65, e Joaquim José dos Santos, 48, além de duas dezenas de
pessoas feridas, inclusive crianças.
Fonte: Uol
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