Foram lesados 15 produtores de Angelândia,
Capelinha, Itamarandiba e Turmalina que tinham juntos 2.500 sacas do grão que desapareceram dos galpões da
cooperativa.
A Cooperativa de Pecuaristas, Agricultores e Cafeicultores de Minas
Gerais (COPACAFÉ) sofreu um rombo de R$ 15 milhões em conseqüência do desvio de
café, dinheiro e outras operações ilegais.
Na região da Chapada de Minas, chapadões do Alto Jequitinhonha, no
nordeste de Minas Gerais, o prejuízo atinge R$ 1 milhão, com o desvio de 2.500
sacas de café de 15 produtores de Angelândia, Capelinha, Itamarandiba, e
Turmalina.
A suspeita de desvios recai principalmente contra o ex-diretor da
Cooperativa Flávio Castello Branco. Uma Comissão Provisória foi criada para
assumir a Copafé, depois que os antigos diretores foram afastados. Essa
Comissão tenta na Justiça recuperar o patrimônio desviado e pretende
conseguir que outra cooperativa incorpore a Copacafé e assuma os bens e também
as dívidas da entidade.
Em todo o Estado o desvio foi de R$ 15 milhões com o desvio de 28 mil
sacas de café. “Quem perde não são só os cafeicultores, mas o comércio de Capelinha
e região, pois este dinheiro está deixando de circular”, aponta o produtor José
Mauro Maia Vidigal, que é o representante regional na Comissão Provisória,
instituída no dia 15 de abril,a para gerir a cooperativa durante um ano, apaós
a descoberta da fraude e do afastamento da antiga diretoria.
O desfalque na Copacafé veio à tona no final de 2012, quando os
cooperados descobriram que as 28 mil sacas de café guardadas nos galpões
da cooperativa haviam desaparecido.
A Copacafé possui 4.500 cooperados em todo o Estado, sendo que 220
deles foram lesados. Os cooperados cafeicultores da região são dos municípios
de Angelândia, Aricanduva, Capelinha, Itamarandiba, Minas Novas, Malacacheta,
Novo Cruzeiro e Turmalina.
Desvios comprometem continuidade do Educampo na região
A Copacafé Ra uma das parceiras na realização do projeto Educampo, do
SEBRAE, que presta assessoria técnica aos produtores e seus empregados. Com o
rombo financeiro na entidade, a cooperativa parou de fazer os repasses para o
Educampo em Capelinha, ameaçando a continuidade do projeto na região de Chapada
de Minas, que inclui Capelinha, Angelândia, Itamarandiba, Turmalina e
outros municípios da região.
Conforme o analista técnico do SEBRAE, Marcos Teixeira, os repasses
apararam de ser feitos em 2011. A expectativa é conseguir um novo
parceiro para o projeto. “Vamos propor pra as principais lideranças de
Capelinha para que a gente tome uma decisão em conjunto. É interesse do SEBRAE
permanecer na região e também é de interesse dos produtores esse trabalho”,
disse Marcos Teixeira, que esteve em Capelinha, nos últimos 16 e 17 de abril.
Reportagem de Regiane Marques Sampaio, no Jornal Acontece Regional, de
Capelinha, Edição nº 32, via Blog do Banu
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