No dia 10
de abril, cerca de 35 famílias quilombolas de Rosário de Cima, em Virgem da
Lapa, no Alto Jequitinhonha, receberam do Programa Minas Sem Fome 525
pintainhas e 700 quilos de ração. Esta é a sexta comunidade incluída no
Projeto de Avicultura desenvolvido em Virgem da Lapa que recebe este
benefício. Segundo Edgard Gleizer Oliveira, extensionista de agropecuária da
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG),
a estimativa é que 150 pessoas desta comunidade sejam diretamente
beneficiadas com a criação de pintainhas poedeiras.
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Esta é a sexta comunidade incluída no Projeto de Avicultura desenvolvido em Virgem da Lapa que recebe este benefício |
Edgard
Oliveira relata que iniciativas como esta, do Minas Sem Fome, faz muita
diferença para as famílias do Alto Jequitinhonha.
- É uma
oportunidade que os agricultores familiares tem de ver a diferença entre a
produção de ovos da galinha caipira e da galinha poedeira. Os agricultores
familiares desta região tem dificuldade para adquirir pintainhas e rações. A
comunidade quilombola do Rosário de Cima está entre estas famílias, por isso,
acompanhando as pintainhas poedeiras, cada agricultor recebeu um saco de 20
quilos de ração para iniciar a produção.
A previsão
é que em até três meses as pintainhas se desenvolvam e produzam ovos para
consumo familiar e venda de excedentes. A produção de ovos excedentes já tem
destino garantido no próximo semestre de 2013. "Eles serão destinados às
escolas municipais de Virgem da Lapa por meio do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE). Até lá as pintainhas cresceram e a comunidade
ganha tempo para participar da próxima chamada pública. Os ovos gerarão renda
complementar e quando as aves não produzirem mais, poderão ser consumidas
pelas famílias".
É isso o
que espera a líder comunitária e produtora familiar, Maria Creuza de Souza
Barros da Silva, que está criando dez pintainhas. Casada e mãe de três
filhos, a agricultora familiar faz o que pode para ajudar na renda da
família. É doceira, faz merendas para vender e, por isso, sua expectativa
para as pintainhas é grande. "Quando elas crescerem e começarem a botar,
vão ajudar muito. Não vou precisar comprar ovos e eu gasto muito para fazer
as merendas. Adorei! Ao invés de comprar, vou vender. Elas vão me ajudar
muito", declara.
O técnico
da Emater-MG Edgard Oliveira relata que a comunidade do Rosário de Cima foi
escolhida porque notamos que a tendência da agricultura familiar na
localidade é muito grande. É uma comunidade que vive da agricultura familiar.
Uma comunidade que já foi beneficiada anteriormente com mudas frutíferas para
o pomar doméstico e grãos para a lavoura. E, agora, vê uma oportunidade de
melhorar a renda familiar com a criação de galinhas poedeiras.
Creuza
Silva participa da Associação dos Quilombolas do Rosário de Cima e de Baixo,
fundada há três anos. Com propriedade, ela agradece e reivindica:
- Nós
precisamos de muitas coisas aqui na comunidade. Recebemos o certificado de
quilombolas há dois anos e todos os benefícios são bem vindos. Da mesma forma
que as mudas de laranjas puxaram as pintainhas, esperamos que as pintainhas
puxem outras melhorias para a comunidade.
Edgard
Oliveira informa que o Programa Minas Sem Fome, no município de virgem da
Lapa, só é possível de ser executado por meio da parceria efetivada com a
Prefeitura Municipal, através da secretaria de Agricultura municipal,
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e Emater-MG.
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