A proprietária da fazenda e dois
homens, entre eles, um vereador de Itinga (MG) foram autuados.
De acordo com a Polícia, foram cortados 103 pés de aroeira de 30 metros de altura cada. Foto: Polícia Militar |
Mais
de 100 árvores de aroeiras centenárias foram cortadas ilegalmente na fazenda
Angico , em Araçuai (MG) Vale do Jequitinhonha.
A
proprietária da fazenda e dois homens, entre eles, um vereador de Itinga (MG)
foram autuados.
A
Polícia Ambiental apreendeu 66 mourões, correspondentes a 25 árvores cortadas e
prontas para a venda. " O restante foi retirado da fazenda, antes da nossa
chegada. Contabilizamos o corte de 103 árvores, com altura média de 30
metros. Elas eram centenárias", informou o sargento Ernani Lopes de Sá.
" Foi a maior apreensão de madeira de lei que já fizemos", disse ele.
Durante toda a semana, dois caminhões truck trabalharam na retirada dos mourões.
Nesta
sexta-feira (5) os últimos lotes foram depositados em uma área do quartel da
Polícia Militar em Araçuai. Eles ficarão à disposição da Justiça.
Crime ambiental
A fazenda pertence a Aline Santos Sousa, 31 anos, natural da Bahia e
residente em Trancoso, no município de Porto Seguro (BA).
O
corte das árvores foi feito pelo seu irmão, Paulo Vítor, de 27 anos, utilizando
uma moto-serra e um trator jerico pertencente ao vereador Pedro Jerômino,
conhecido por Lili, do município de Itinga (MG).
O vereador foi autuado por concorrer com a prática de corte ilegal de árvores
protegidas por lei. Ele foi multado em R$ 5.659,00. O vereador disse que cedeu
o trator para uma outra finalidade na fazenda.
Um outro fazendeiro envolvido no crime, Clemente Luiz Gonçalves, 73 anos, também foi autuado e multado em R$ 5.659,00 pelo corte de outras 25 árvores da mesma espécie.
O irmão da proprietária da fazenda, ao perceber a chegada da polícia fugiu em uma moto e se apresentou no quartel em Araçuai, no dia seguinte. Ele contou que a responsabilidade pelo corte das árvores era da sua irmã, que confirmou a versão.
A aroeira é uma espécie imune de corte e protegida por lei. " É uma árvore
muito cobiçada no mercado negro devido à sua durabilidade. É usada
principalmente na construção de currais, cercas, móveis, varandas de casas
e travamentos de imóveis", explica o Cabo Rogério Chaves Siqueira.
A ocorrência será encaminhada ao Ministério Público e à Delegacia de Polícia Civil para abertura de inquérito.
Fonte: Gazeta de Araçuai
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