Tommaso Buscheta usou propriedade em Minas Novas nos anos
1970 e 1980.
Local era usado para esconder documentos, armas e drogas,
segundo historiadores.
Uma fazenda em Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, pode
ter servido como fortaleza do tráfico para a máfia italiana nos anos 1970 e
1980. Investigações apontam que Tommaso Buscheta, um dos criminosos mais
temidos, preso em 1983 em Santa Catarina, usou a propriedade como bunker para
desenvolver uma rota de comércio com a Bahia e São Paulo.
A fazenda Alagadiço, comprada nos anos 1970 por italianos, hoje abriga uma reserva de eucaliptos. Buschetta chegou a montar uma estrutura de cidade no terreno, para impedir que funcionários saíssem do local com informações.
Além de pista de pouso, a fazenda abrigava uma escola para 200 crianças, supermercado, igreja e até um hospital com centro cirúrgico e incubadora. Coincidentemente, pouco depois da prisão do mafioso, a unidade de saúde faliu.
Um ex-funcionário, que não quer se identificar, afirma que políticos brasileiros frequentavam o local.
— Eu tenho certeza que esse moço esteve lá sim. Tinha dois aviões de uma empresa de táxi aéreo romana, e uma movimentação grande de políticos, deputados federais, senadores.
O historiador Murilo Alvinho explica a opulência do local.
— A casa tinha dois objetivos. Precisava ter uma aparência de um vizinho rico, mas era uma enorme fortaleza, precisava abrigar todos os documentos e bens dessa máfia, como armas e drogas. Tem passagens secretas, quartos secretos, preparada para ser um bunker, uma fortaleza.
O gerente da propriedade, João dos Santos, confirma a presença do italiano.
— Para mim, todo mundo era inquilino. Mala eu via, mas não sabia o que tinha lá dentro. Às vezes vinham dois aviões, ou sozinho com a família dele.
Outro funcionário, que não quis ter o nome divulgado, afirma que maconha e cocaína eram transportados no meio de carregamentos de tomate para despistar a polícia.
Via Portal R7
1 comentários:
a marfia era forte viu
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