Proposta apresentada ao governo de Minas é de construção de barragens e
barraginhas
A questão da seca e problemas de infraestrutura e acesso na cidades dos
vales do Jequitinhonha e Mucuri e no norte de Minas foram discutidos na Cidade
Administrativa, dia 11.03, com o governador Antonio Anastasia, por 14 prefeitos
de municípios destas regiões mineiras. De acordo com o deputado Luiz Henrique
(PSDB), vice-líder do Governo na Assembléia Legislativa de Minas e responsável
pelo encontro, o governador se mostrou sensível às reivindicações dos
prefeitos, e vai analisar os pedidos.
Entre os assuntos, a perenização de alguns rios na região com a
construção de barragens e barraginhas para minimizar os problemas.
Encontro contou com 14 prefeitos, tendo sido agendado pelo deputado Luiz Henrique (PSDB).
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Ainda segundo o deputado, o barramento das águas, propiciando a
agricultura irrigada, seria um fator também de inclusão social, com o
consequente resgate da dignidade e cidadania das populações que sofrem com o
flagelo da seca. Luiz Henrique acredita que poderia ser testado na região,
inclusive, um processo de indução de chuvas, com aviões fazendo o
bombardeamento das nuvens por produtos químicos.
Ilustrando o problema, o deputado tucano ressalta a situação da barragem
Bico da Pedra, em Janaúba, que está com o nível tão baixo que pode ser
necessária a utilização de bombas para que a água caia no canal, o que
normalmente é feito por gravidade.
Outro exemplo citado por Luiz Henrique foi a cidade de Monte Azul, no
norte de Minas, onde a seca está obrigando a prefeitura a utilizar carros-pipa
para suprir a população.
Uma barragem que já tem até projeto, a de Santa Rita, a ser construída
também no rio Araçuaí, além de também incentivar a agricultura irrigada, tem
previsão de geração de 80 MW de energia, beneficiando as cidades de Chapada do
Norte, Turmalina, Carbonita e Veredinha.
Além das construções de barragens, na opinião do deputado é necessário
também conscientizar a população para o uso sustentável das águas, e ele cita
uma frase do professor de Sociologia da UFMG, João Valdir, natural de
Turmalina, que diz que, com relação à consciência da preservação, ao invés de
deixar um mundo melhor para os nossos filhos, devemos é deixar filhos melhores
para o mundo.
Regiões são foco do governo mineiro
O deputado Luiz Henrique acredita na solução dos problemas pelo
governador Anastasia, e diz que as regiões dos vales do Jequitinhonha e Mucuri
e do norte de Minas já são foco do Executivo mineiro, salientando a criação,
pelo então governador Aécio Neves, de uma Secretaria extraordinária para cuidar
destas regiões, secretaria esta que se tornou definitiva na gestão Anastasia.
As regiões têm recebido benefícios como redução de impostos para viabilização
da implantação de indústrias, como aconteceu em Montes Claros com a chegada das
fábricas da Alpargatas e da New Holand.
O deputado diz ainda que outro ponto a beneficiar a região será a
criação da Região Metropolitana de Montes Claros, com a inclusão de outros 10
municípios, o que vai integrar a organização, o planejamento e a execução
de funções públicas de interesse comum.
O parlamentar chama a atenção ainda para o potencial fruticultor do
norte de Minas, com o sucesso do projeto Jaíba, em parceria com o governo
federal, que tornou a cidade do norte de Minas exemplo de qualidade na produção
de frutas no semiárido. Outras cidades beneficiadas na região são Matias Cardoso,
Janaúba e Manga.
O deputado Luiz Henrique afirma também que aguarda apenas o sinal verde
do governador Antonio Anastasia para a criação da lei que vai criar o Fundo de
Desenvolvimento Regional (Funder). O Funder vai captar recursos para incentivar
projetos de cooperativismo, tecnológicos e produtivos, recursos estes que o
deputado acredita virão do novo Marco Regulatório da Mineração, que está em
estudo em Brasília. Pelo Novo Marco, a Cfem (Compensação Financeira pela
Exploração de Recursos Minerais), royalty que é pago pelas empresas que exercem
atividades de mineração, pulará de 2% do valor líquido para 4% do valor bruto,
o que mais que dobrará os recursos arrecadados pelo estado com a exploração.
Fonte: www.diariodeminas.com, via Blog do Banu
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