Motivo foi o atraso no pagamento dos salários. Condições de trabalho também estão entre as reclamações dos operários.
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Operários disseram que pagamento do salário sempre atrasa (Foto: Reprodução/TV Integração) |
Trabalhadores de uma usina de álcool e açúcar localizada
há 20 quilômetros
de Capinópolis, no Triângulo Mineiro, paralisaram as atividades e se
concentraram em frente a empresa como forma de protesto, nesta quarta-feira
(28). Várias questões motivaram a paralisação e entre elas está o atraso no
pagamento dos salários.
De acordo com o trabalhador rural, Odair José dos Santos,
a paralisação teve início logo no começo do expediente, quando os operários
cruzaram os braços. "Todo vencimento de quinzena precisamos parar para
poder receber. Caso contrário, o salário não sai", revelou.
A paralisação envolveu os empregados que trabalham no
corte da cana. A maioria deles saiu do Vale do Jequitinhonha, como é o caso de
João Gomes. Ele afirmou que a família está passando fome no Norte do estado, já
que o salário não está sendo enviado mensalmente. "Eles passam
dificuldade, pois o pão sai daqui e não estou conseguindo enviar o dinheiro já
que não estamos recebendo", contou o trabalhador.
Funcionários de outras categorias decidiram aderir ao
protesto no meio do período da manhã. Este foi o caso do motorista Milton dos
Reis. "Como alguém que paga aluguel, prestação de carro e alimentação vai
sobreviver?", questionou.
Além do pagamento dos salários em dia, os manifestantes
cobraram melhores condições de trabalho e de moradia. Muitos reclamaram que
estão vivendo em condições sub-humanas por causa da precariedade dos
alojamentos, além de falhas na assistência médica aos trabalhadores que ficam
doentes. "A água está suja de óleo diesel, besouros, baratas", contou
o trabalhador rural José Roberto Viana.
Uma comissão de trabalhadores com apoio de entidades como
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg)
e Cut vai participar de uma reunião com representantes da empresa. A reunião
será realizada a portas fechadas e nenhum diretor está autorizado a falar sobre
o assunto. A empresa apenas informou que não há previsão para o término da
reunião.
Do G1 Triângulo
Mineiro
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