A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de
Minas Gerais (Seapa) prorrogou a vacinação dos bovinos contra a febre aftosa
nos municípios localizados nas regiões do semiárido e que se encontram em
estado de emergência por causa da longa estiagem. De acordo com o secretário
Elmiro Nascimento, a medida faz parte das ações para convivência com a seca
desenvolvidas pelo Governo de Minas, e neste caso atende à solicitação dos
pecuaristas, que alegam grandes dificuldades de manejo dos animais para receber
a vacina.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à
Seapa e responsável pela sanidade animal e vegetal no Estado, dividiu duas
macrorregiões de Minas que seguirão as seguintes datas para a realização da 2ª
etapa de vacinação contra Febre Aftosa (Novembro/2012). A primeira microrregião
é constituída das seguintes coordenadorias do IMA: Bambuí, Belo Horizonte,
Curvelo, Guanhães, Juiz de Fora, Oliveira, Passos, Patos de Minas, Patrocínio,
Pouso Alegre, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Viçosa. Terão tolerância até o
dia 17/12/2012 para que criadores comprem a vacina, imunizem seus bovinos e
bubalinos até 24 meses de idade e declarem a vacinação nos Escritórios
Seccionais do IMA.
Já Almenara, Governador Valadares, Janaúba, Montes Claros,
Teófilo Otoni e Unaí, na segunda microrregião, terão tolerância até o dia
31/12/2012 para que criadores comprem a vacina, imunizem seus bovinos e
bubalinos até 24 meses de idade e declarem a vacinação nos Escritórios
Seccionais do IMA.
O secretário diz que um dos casos mais preocupantes no
grupo dos municípios atendidos pela prorrogação do prazo de vacinação é
Araçuaí. O município e cidades vizinhas, como Coronel Murta, Virgem da Lapa,
Berilo, Itinga, José Gonçalves de Minas e Jenipapo de Minas tiveram neste ano
um registro mínimo de chuva, segundo relatório da Emater-MG,também vinculada à
Secretaria da Agricultura.
“Nesses locais, a aplicação da vacina, no momento, pode
ocasionar maior número de morte de animais do que já vem ocorrendo devido à
dificuldade de manejo dos bovinos para a vacinação”, enfatiza Nascimento.
O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, também
destaca as consequências da falta de chuvas no período de vacinação. Ele cita a
falta de pastagem e água nessas regiões, levando o rebanho a ficar mais fraco.
“Por isso, não é indicado vacinar os animais nessas condições, já que isso
influencia no resultado da vacinação. Ao vacinar um animal debilitado, a
resposta imunitária não é tão eficaz, além dos prejuízos de mortalidade no momento
de reunir o rebanho. Com o início das chuvas, os pastos e animais estarão em
melhores condições. Porém, para as propriedades que não se encontram nessa
situação, a vacinação deverá ser realizada em novembro, data oficial da segunda
etapa da campanha”, informa.
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