27 municípios já decretaram situação de emergência devido
à seca.
ITAOBIM E PONTO DOS VOLANTES – Com a quantidade de chuva abaixo da média
histórica, cidades do Vale do Jequitinhonha agonizam em uma das piores secas
enfrentadas na região. Enquanto os produtores rurais calculam os prejuízos na
lavoura, o gado procura na terra seca o que restou da pastagem. Caminhões-pipa
fornecem a água que os moradores da zona rural usam na cozinha e matam a sede.
O calor chega ao 38 graus.
Caminhões-pipa distribuem água diretamente nas casas dos moradores
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Boletim eletrônico divulgado na semana passada pela Coordenadoria Estadual de
Defesa Civil (Cedec) mostrava que dos 109 municípios que tinham decretado
situação de emergência, por causa da estiagem, 27 são do Jequitinhonha. Em
Itaobim, córregos e nascentes estão secos na zona rural, onde 4 mil dos 5.200
moradores consomem, desde fevereiro, água fornecida por três caminhões-pipa.
Eles abastecem 32 comunidades rurais. “É, sem dúvida, a pior estiagem desde 1976. Encaminhamos ao Estado pedido de pelo menos mais um caminhão-pipa, pois já não estamos conseguindo atender a população”, disse o secretário de Agricultura de Itaobim, Wallysson Marden. Na área urbana, os moradores são abastecidos pelo rio Jequitinhonha, que já tem bancos de areia. De janeiro ao início de junho, o acumulado de chuva era de
Com uma lata vazia, o pedreiro Alaor Balbino Alves, de 33 anos, caminha solitário entre as pedras e areia que restaram do córrego Santo Antônio. O curso d’água passava a
O capim verde onde o vaqueiro José Ferreira Alves mantinha o gado não existe mais. Sem chuvas desde janeiro, a pastagem deu lugar a um extenso campo de poeira. “Não sei como será em agosto e setembro. Se não chover, os animais poderão morrer de fome”.
Por: Daniel Antunes - Do Hoje em Dia
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