O projeto faz parte do investimento de cerca de R$ 3,6
bilhões, que inclui a produção de 25 milhões de toneladas de ferro.
Será construído um mineroduto com extensão de 490 quilômetros
para levar o minério de ferro de Grão Mogol, Região Norte de Minas, até o Porto
Sul, em Ilhéus (BA). O mineroduto será implantado pela Sul Americana Metais
(SAM), subsidiaria da Votarantim Novos Negócios (VNN), uma das empresas que
investem na exploração mineradora na região. Para viabilizar o uso da água no
processo produtivo e no mineroduto, a empresa vai construir uma barragem no Rio
Vacaria (Região de Salinas), um investimento de R$ 80 milhões. A SAM vai
implantar o Projeto Vale do Rio Pardo, que prevê a produção de 25 milhões de
toneladas de minério de ferro por ano no município mineiro. O investimento é de
cerca de R$ 3,6 bilhões, com possibilidade de um acréscimo de R$ 600 milhões,
de acordo com o governo de Minas.
Foto ilustrativa de um mineroduto |
Nesta semana, executivos da SAM se reuniram com os secretários de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira, e de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, a fim de discutir a formalização de um protocolo de intenções entre o governo e a empresa do Grupo Votorantim. A assinatura do documento deve ser feita em 12 deste mês.
Desde as primeiras notícias sobre os investimentos na exploração das reservas de minério de ferro no Norte de Minas, começou uma discussão em torno do transporte do produto – se ele seria feito por ferrovia ou mineroduto. O próprio governo do estado chegou a anunciar a elaboração de um projeto da construção de um ramal ferroviário, ligando Grão Mogol e Salinas até um ponto mais próximo da Ferrovia Centro Atlântica, possivelmente no município de Monte Azul. Também surgiram especulações em torno da construção do mineroduto, para que a exportação pelo porto que está sendo construído
Um problema que a SAM promete resolver com a construção da barragem no Rio Vacaria, que também servirá para atender os pequenos agricultores da região. “Além do empreendimento, serão atendidos 500 propriedades rurais com área até
“Existe a preocupação em relação a questão da água. No
entanto, se a empresa está se propõe a construir a barragem, ela mesmo vai
garantir o fornecimento de água e estará dando uma contribuição para a região”,
diz o prefeito de Salinas. Ele defende que a mineradora também venha indenizar
os proprietários das áreas por onde passar o mineroduto. “A empresa tem
obrigação com o desenvolvimento sustentável e social da região”, acrescenta
Prates, que entende que os prefeitos da região também devem ser convidados para
a assinatura do protocolo de intenções com a SAM, visando à implantação do
empreendimento.
Comentários:
Valmir Marques:
Valmir Marques:
Vão acabar com o restinho de agua nessa região em que rios estão secando e ja falta agua até pra beber..quanto a ferrovia que daria um umpulso enorme a toda infraestrutura de transporte da região...descartam. Como dizia Nelson Rodrigues.."atraso não é por acaso, é obra meticulosamente planejada"..
Gildá¡sio Cosenza:
Mais um crime contra os interesses do País: todos estes minerodutos deveriam ser proibidos. É uma quantidade enorme de água potável sequestrada ao uso humano e irrigação para ser simples veículo de transporte de minério.
Fonte: Estado de Minas
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