Maioline é acusado de causar prejuízo de cerca de R$ 100 mi a investidores. Segundo
decisão, liberação do réu não prejudica o processo.
Thales Maioline, acusado de dar um golpe financeiro em
dois mil investidores de Minas Gerais e causar um prejuízo de R$ 100 milhões,
recebeu a liberdade provisória por decisão da Justiça mineira, informou o Fórum
Lafayette nesta terça-feira (5). Segundo a decisão, mesmo havendo fortes
indícios de que Maioline é autor dos crimes, como a presença de provas
materiais, a liberdade do réu não prejudica o seguimento do processo. Ainda de
acordo com a Justiça, não há ilegalidade na prisão do acusado, que foi detido
em dezembro de 2010.
O benefício concedido à Maioline, na noite desta
segunda-feira (4), prevê que o acusado se apresente à Justiça semanalmente ,
não podendo se ausentar da comarca de Belo Horizonte. Ele também deve manter o
endereço atualizado e permanecer em casa durante a noite. Caso ele descumpra as
normas, a liberdade pode ser revogada.
O advogado Marco Antônio de Andrade, que defende o
suspeito, informou que o réu aguarda a apresentação das provas periciais e a
sentença final, sem previsão definida.
Crimes
Thales Maioline se entregou à polícia no dia 12 de dezembro de 2010 e foi levado para o Centro de Remanejamento de Segurança Prisional (Cersp) São Cristovão, de acordo com a Polícia Civil. Ele era procurado desde o início de agosto daquele ano, quando teve a prisão decretada. O suspeito teria sumido com o dinheiro de investidores mineiros atraídos pela promessa de rentabilidade alta.
Thales Maioline era dono da Firv Consultoria. Segundo as
investigações, a empresa captava recursos, oferecia altos rendimentos, mas não
conseguia pagá-los. Com sede em Belo Horizonte , a Firv teria uma ramificação em
Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. Alguns investidores foram investigados por
sonegação, por não terem declarado as aplicações ao Imposto de Renda.
O réu e outras três pessoas envolvidas respondem a
processos por estelionato, falsificação de documentos e formação de quadrilha.
Em 2011, a
Justiça determinou o desmembramento do processo, pois os crimes dos quais os
quatro são acusados haviam sido cometidos em datas e locais diferentes.
Após ser transferido do Ceresp São Cristovão, Maioline foi
encaminhado ao Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves,
e, em seguida, para o Ceresp Betim, ambos Grande BH.
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