domingo, 11 de março de 2012

PATRIMONIO HISTÓRICO DE MINAS GERAIS VOLTA A ARDER EM CHAMAS EM ITAMARANDIBA, NO ALTO JEQUITINHONHA.


Desta vez, foi um casarão colonial na Rua Tiradentes, no centro da cidade. O incêndio ocorreu no início da noite desta sexta-feira 09/03/2012 e as chamas atingiram os dois pavimentos do ‘Sobradão’, edificado ainda no ano de 1790.

Casarão do século XVIII é consumido pelas
 chamas em Itamarandiba
 - Foto W. Almeida
Um caminhão pipa foi utilizado para conter as chamas e evitar que as residencias próximas também fossem atingidas. Em 1999, no episódio que ficou conhecido como ‘Abril Vermelho’, um outro incêndio de mesma proporção consumiu a igreja matriz da cidade, construção em estilo barroco que contava a época com mais de 234 anos, uma perda jamais resgatada do Patrimonio Histórico, Artistico e Paisagistico de Minas Gerais.

Em 2003, de acordo com a Folha de São Paulo,um laudo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais apontou o risco de desmoronamento do ‘Sobradão’ e em construções históricas de outras doze cidades mineiras. Em 2009, o Ministério Público de Minas Gerais instaurou uma ação civil pública e a justiça determinou, liminarmente, que o Município de Itamarandiba, bem como o proprietário do imóvel, realizasse obras emergenciais para evitar o desmoronamento ou outro dano irreparável ou de difícil reparação no casarão histórico.

A ação civil pública também previa a obrigação do Município e do proprietário do imóvel restaurar integralmente o edifício histórico no prazo de doze meses, de acordo com projeto técnico a ser elaborado  por profissional habilitado aprovado pelo Conselho Municipal do Patrimõnio Cultural de Itamarandiba e pelo Instituto Estadual do Patrimonio Histórico e Artistico de Minas Gerais – IEPHA.

Ainda de acordo com pedidos do Ministério Público, em trinta dias o município deveria de colocar lonas para conter infiltrações; efetuar o escoramento adequado, capina dentre outros, sob pena de incorrer, a época, em multa diária de dois mil reais. Apenas as obrigações de carácter emergencial foram atendidas, enquanto que o Município e o proprietário do imóvel não promoveram a restauração do imóvel. Até o momento, não se sabe as causas do incidente, no entanto o imóvel que estava desocupado, de acordo com moradores, não possuia ligação elétrica.

A população itamarandibana segue indignada com mais um episódio que macula a memória e consome o patrimonio histórico do município e reclama da ausencia de políticas de prevenção como a instalação de hidrantes nas próximidades das dezenas de casas, casarões e igrejas tombados pelo patrimonio histórico em todo município e reivindicam, ainda, do Governo do Estado, a instalação de pelotão do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais na cidade, a fim de que o Estado assegure o dever ser de proteção ao patrimonio histórico, cultural, artístico e paisagístico do município.

População reclama da ausencia de hidrantes nas próximidades de imóveis históricos e de uma unidade do corpo de bombeiros na cidade.

Sobre o Autor: Bernardo Vieira
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    Bernardo Vieira

    Sou mais um apaixonado pelo Vale do Jequitinhonha e suas riquezas. Venho, através deste blog, tentar expandir a cultura do vale, bem como trazer novidades e coisas úteis em geral. Formado em Administração pela UFLA - Universidade Federal de Lavras e Funcionário Público Estadual (TJMG). contato pelo email: nabeminasnovas@yahoo.com.br ou bernardominasnovas@hotmail.com.

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