Pelo segundo ano consecutivo, a capital é a mais destacada, enquanto que municípios do Norte de Minas têm índices baixos
Belo Horizonte. Por motivos óbvios, a cidade
mais competitiva de Minas Gerais
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A pesquisa, iniciada no ano passado, é composta por cinco tópicos com informações sintetizadas acerca da capacidade socioeconômica dos município
Nesta segunda edição, verificaram-se poucas mudanças nas 10 primeiras colocações. BH puxou a fila, à frente de Uberlândia, Nova Lima, Juiz de Fora, Uberaba, Poços de Caldas, Varginha, Divinópolis, Sete Lagoas e Contagem. A novidade foi a entrada de Poços de Caldas no lugar de Timóteo, que caiu para a 12ª posição.
Espalhados pelas cinco macros regiões de planejamento do Sebrae-MG (Centro, Leste, Oeste, Norte e Sul), todos os 853 municípios mineiros são contemplados pelo Índice, que é dividido em cinco subíndices: ”Performance Econômica”, que abrange os aspectos relacionados à atividade econômica, comércio internacional, remuneração e emprego; “Capacidade de Alavancagem do Governo”, referente a finanças públicas; “Quadro Social”, englobando os principais indicadores sociais; “Suporte aos Negócios”, compreendendo mercados de trabalho, instituições de apoio e multiplicidade da economia; e “Infraestrutura”, que considera a estrutura básica, educação, saúde e meio ambiente
“Os subíndices permitem uma análise individualizada de cada cidade, macro e microrregião, detectando vantagens e dificuldades para o desenvolvimento dos negócios”, ressalta a analista Venússia Santos, da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae-MG, responsável pela pesquisa.
A metodologia adotada prevê que os resultados obedeçam a uma escala de0 a100 pontos, assim definidos:0 a20 significa um nível de competitividade muito baixo; acima de 20 e até 40, competitividade baixa; acima de 40 até 60, competitividade média; acima de 60 até 80, competitividade alta; e, acima de 80 até 100, competitividade muito alta.
Centro forte, Norte nem tanto
Da mesma forma que Belo Horizonte lidera o ranking estadual, a sua macro região (Centro) também ocupa o maior destaque da pesquisa, ao contrário da macro Norte, cujos resultados são os menos expressivos. Resultados que, por sinal, repetem os verificados na pesquisa de 2010. Mesmo que Montes Claros, o mais desenvolvido município do Norte mineiro, ocupe um honroso 23º. Lugar na classificação geral, o desempenho daquela região é influenciado por localidades menos providas social e economicamente, como as dos vizinhos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha.
Das 10 piores colocadas na pesquisa, oito estão ali localizadas: Bonito de Minas, Crisólita, Fruta de Leite, Monte Formoso, Santa Cruz de Salinas, Santo Antônio do Retiro, São João das Missões e Setubinha. Para a analista Venússia, “esses resultados indicam uma necessidade maior de intervenção nas regiões Norte, Jequitinhonha e Mucuri, seja por meio de políticas públicas ou apoio de uma governança estabelecida, de modo a desenvolver um ambiente melhor para as MPEs (micro e pequenas empresas) já existentes e para ampliação do número de empreendedores”.
Já nos índices das microrregiões, a de Belo Horizonte ficou na frente, com 76 pontos, contra 59 de Uberlândia, 54 de Uberaba e 50 de Juiz de Fora. Nenhuma outra alcançou ao menos o nível médio de competitividade. O curioso é que, mesmo disparada na frente das demais na soma geral dos quesitos, a microrregião de Belo Horizonte ainda capenga na área social, já que alcançou média 74, inferior às de dois municípios de sua macrorregião: Itaúna (que chegou aos 78 pontos) e Divinópolis (77). Comparada a outras microrregiões, BH perde também para Araxá (75), Passos (76), Frutal e Ituiutaba (78), Alfenas (79), Uberaba (83), Poços de Caldas (85) e Uberlândia (87).
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