Montes
Claros/MG – A Polícia Federal deflagrou, na madrugada de hoje (13), a Operação
Tempo de Despertar, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa, composta
por uma extensa rede integrada de servidores públicos, policiais civis e
militares, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, agenciadores de
seguros e outras pessoais, responsáveis por reiteradas fraudes ao Seguro
Obrigatório de Danos Pessoais, causados por veículos automotores de via
terrestre, o conhecido seguro DPVAT. As fraudes, até o momento, podem
atingir o montante de R$ 28 milhões.
Fonte: O Tempo |
Cerca
de 220 policiais federais dos estados de Goiás, Espírito Santo, Bahia, Brasília
e Minas Gerais cumpriram, simultaneamente, 229 mandados judiciais, sendo 41
mandados de prisão, 07 conduções coercitivas e 61 mandados de busca e
apreensão, 12 afastamentos de cargo público, 51 sequestro de bens, 57
afastamentos de sigilo bancário. A investigação é fruto de uma parceria
entre a Polícia Federal, o Ministério Público, Corregedoria da Polícia Civil e
Polícia Militar de Minas Gerais.
A
operação ocorre nas cidades de Almenara, Bocaiuva, Brasília de Minas,
Capelinha, Capitão Eneas, Coração de Jesus, Corinto, Cristália, Curvelo,
Diamantina, Espinosa, Francisco Sá, Janaúba, Januária, Japonvar, João Pinheiro,
Juiz de Fora, Lontra, Manga, Minas Novas, Mirabela, Monte Azul, Paracatu,
Pirapora, Porteirinha, Ribeirão das Neves, Salinas, São Francisco, São João da
Ponte, Sete Lagoas, Taiobeiras, Turmalina, Várzea da Palma, Rio de Janeiro,
Guanambi e Urandi, envolvendo os estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de
Janeiro.
Foi
identificado pelos investigadores, que o grupo criminoso se utilizava de
variadas maneiras para fraudar o seguro DPVAT, dentre as quais: juizamento de
ações judiciais por escritórios de advocacia sem conhecimento e autorização da
parte autora, por meio da falsificação de assinaturas em procurações e
declarações de residência falsas, ajuizamento de ações, de forma simultânea, em
comarcas distintas, sem relação com o local da causa, quando os autores sequer
tinham conhecimento do ajuizamento de ação em seu nome, entre outras práticas.
Os
investigados responderão pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato,
falsificação e uso de documentos públicos, corrupção ativa e passiva, e
facilitação ou permissão de senhas de acesso restrito a terceiros.
Histórico
Os policiais federais constataram que, nos últimos anos, grande quantidades de operações haviam sido deflagradas por todo o Brasil com o objetivo de coibir as fraudes contra o seguro DPVAT, Algumas: Operação DPVAT, pela Polícia Militar do Maranhão, Operação Prêmio, Polícia Civil do estado do Ceará, Operação Assepsia, Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro e Operação DPVAT seguro, da Polícia Civil do estado de Sergipe, já davam conta de que a atividade criminosa podia ser sustentada com um grupo organizado e com ramificações em diversas áreas da administração pública, envolvimento de policiais, empresários e empresas de seguro, além de número expressivo de advogados. Somente em uma operação da Polícia Federal, realizada em 2012, foi possível constatar fraudes da ordem de R$ 30 milhões. De posse dessas informações, os policiais federais intensificaram as investigações para identificar os cabeças do esquema, que, pela sua natureza, deveriam se encontrar no interior da seguradora responsável pela gestão do seguro DPVAT.
Cooperação
A
investigação, que é fruto de uma parceria entre a Polícia Federal, o Ministério
Público, Corregedoria da Polícia Civil e Polícia Militar de Minas Gerais.
Os
investigados responderão pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato,
falsificação e uso de documentos públicos, corrupção ativa e passiva, e facilitação
ou permissão de senhas de acesso restrito a terceiros.
Fonte: Polícia Federal
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