Cidades no Norte de Minas e nos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha não terão profissionais.
A pequena Setubinha, no Vale do
Mucuri, tem apenas três médicos para garantir a saúde de seus 11 mil
habitantes. O município foi emancipado em 1995, mas nenhuma mãe deu à luz o seu
filho na cidade, já que não há hospitais. Quem necessita de um exame, é diagnosticado
com doença grave ou precisa ser internado deve recorrer a Malacacheta, distante
40 quilômetros .
E a tendência é que a situação permaneça pelos próximos anos, já que nenhum
médico brasileiro aceitou se mudar para a cidade e participar da primeira etapa
do programa Mais Médicos, do governo federal.
Joaíma tem um médico para cada 4.000 habitantes; a Organização Mundial da Saúde recomenda um para cada 1.000 moradores
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“Um único médico já nos
ajudaria. Os três que temos atuam até na zona rural. Eles têm que trabalhar
tanto que nunca ficam mais de um ano aqui”, relata o subsecretário de Saúde da
cidade, Leonardo Santos.
O Ministério da Saúde designou
na semana passada um médico para ajudar na atenção básica à saúde de Setubinha,
mas ele não confirmou a adesão ao programa. Esse é apenas um entre os 95 casos
de médicos que viriam nessa primeira etapa para 67 cidades mineiras, mas
acabaram desistindo. Com isso, apenas 37 municípios do Estado serão
contemplados.
Outra cidade que ficou de fora é Joaíma, no Vale do Jequitinhonha, que conta com um médico para cada 4.000 habitantes – a Organização Mundial da Saúde recomenda um profissional para cada 1.000 moradores.
Nascida na cidade, a estudante Kinberly Rodrigues, 18, vive diariamente os problemas da saúde. Ela aguarda há três meses ser chamada para fazer um exame ginecológico. “Temos um hospital, mas nem todos os exames podem ser feitos nele. Esse que eu estou esperando, o médico disse que era urgente, mas só pode ser feito em Almenara. As cirurgias até acontecem, mas há um limite de operações por dia”, conta.
O secretário de Saúde da cidade, Henrique Ramos, confirma a dificuldade. “Precisamos de médicos para resolver nosso problema, mas é complicado mantê-los, mesmo eles ganhando R$ 15 mil mensais”, afirma.
Estrangeiros. Pedro Magalhães, prefeito de Coração de Jesus, cidade do Norte do Estado que também não vai receber profissionais pelo Mais Médicos, defende a vinda dos estrangeiros. “Se os brasileiros não quiseram vir, vamos apoiar os médicos de outros países. Chegando profissionais para a gente, estarei satisfeito”, diz.
Outra cidade que ficou de fora é Joaíma, no Vale do Jequitinhonha, que conta com um médico para cada 4.000 habitantes – a Organização Mundial da Saúde recomenda um profissional para cada 1.000 moradores.
Nascida na cidade, a estudante Kinberly Rodrigues, 18, vive diariamente os problemas da saúde. Ela aguarda há três meses ser chamada para fazer um exame ginecológico. “Temos um hospital, mas nem todos os exames podem ser feitos nele. Esse que eu estou esperando, o médico disse que era urgente, mas só pode ser feito em Almenara. As cirurgias até acontecem, mas há um limite de operações por dia”, conta.
O secretário de Saúde da cidade, Henrique Ramos, confirma a dificuldade. “Precisamos de médicos para resolver nosso problema, mas é complicado mantê-los, mesmo eles ganhando R$ 15 mil mensais”, afirma.
Estrangeiros. Pedro Magalhães, prefeito de Coração de Jesus, cidade do Norte do Estado que também não vai receber profissionais pelo Mais Médicos, defende a vinda dos estrangeiros. “Se os brasileiros não quiseram vir, vamos apoiar os médicos de outros países. Chegando profissionais para a gente, estarei satisfeito”, diz.
Por Isabella Lacerda (O Tempo)
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