A média de aprovação foi de 18,1%, nos últimos 4 meses. CONTRAN exige o mínimo de 60% por
auto-escola.
Candidatos a condutores de veículos
reclamam da grande exigência dos Examinadores do DETRAN de Capelinha.
Nem 20% dos candidatos
conseguem tirar a Carteira de Habilitação, na cidade de Capelinha, no Alto
Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais.
Um
levantamento realizado pelo UAI Notícias por meio de dados do Departamento de Transito
de Minas Gerais (Detran-MG), sobre os índices de aprovação mensal de candidatos,
apontou que os Centros de Formação de Condutores, em Capelinha, tiveram um índice de
aprovação nos exames práticos de direção abaixo da média exigida pelo Conselho Nacional
de Trânsito (Contran).
De
acordo com os números do Detran do estado, nas provas da categoria B, para
veículos automotores de quatro rodas e de
lotação máxima de oito lugares, a média de aprovação foi de 18,1%, bem menor do que os 60%
exigidos para cada CFC - Centro de Formação de Condutores.
Já para a categoria A, de veículos de duas ou três rodas, os números foram um pouco melhores. Dos 4 CFCs credenciados que participaram do exame, dois ultrapassaram os 42% de aprovação, ainda abaixo do que exige a Resolução 358/2010, do CONTRAN, no seu artigo 11.
Já nas provas de Legislação, todas as autoescolas em bons índices de aprovação.Veja tabela abaixo, com dados fornecidos pelo DETRAN-MG:
A queda na aprovação no exame
para as categorias, tem sido motivo de preocupação
das autoescolas e do Detran de Capelinha. O gerente da autoescola Transitar,
de Capelinha, Valter, se diz preocupado com os problema no índice de aprovação.
Para ele, o problema é geral, e o principal motivo de reprovação no exame é o nervosismo e a
rigidez no exame.
“Aqui temos alunos que foram reprovados 6 e até 7 vezes no exame de
direção”, afirmou ele.
Já
Geraldo Barbosa, da Auto Escola Liderança, reclama da grande evasão de
pessoas para outras regionais do Detran já que
o índice de reprovação na regional é alto. “Muitos alunos estão preferindo transferir
suas pautas para as regionais de Araçuaí, Guanhães, Pedra Azul e até mesmo para o
estado da Bahia”, enfatiza ele.
Geraldo
afirma que o índice de reprovação começou a diminuir nos últimos 6 meses. Também disse que o local do exame
não influencia no aumento desse índice. “Nós temos a precaução de só
encaminhar o aluno quando ele realmente está preparado. Mesmo
assim, a reprovação é grande”, termina ele.
Para ambos dirigentes de CFCs, a baliza é a principal responsável pela reprovação dos alunos.
Auto-escolas jogam a responsabilidade em cima do nervosismo dos candidatos
O
Uai Notícias também procurou a CFC São Cristóvão, mas o diretor de ensino
responsável não estava. Por isso, não foi possível se pronunciar
sobre o assunto.
Delegado busca soluções para baixa aprovação
O Delegado Regional de
Polícia Civil, Rômulo Quintino da Silva, também está preocupado com baixo índice de aprovação
nos exames de quem busca passar no exame prático de automotores de quatros rodas com capacidade máxima
de até oito lugares.
Segundo ele, a reprovação no
exame é resultado de uma série de fatores que vão desde a falta de preparo dos candidatos até o
nervosismo na hora do exame. “O nervosismo no momento do exame tem sido um dos grandes fatores
que levam a reprovação do candidato”, disse ele.
“Temos feito junto com as
autoescolas e os examinadores diversas reuniões para tentar encontrar melhores soluções. Uma das sugestões
dadas pela Regional às autoescolas é a aplicação de um simulado do exame aos alunos. Dessa
forma, os alunos diminuiriam o nervosismo e teriam mais capacidade de enfrentar a banca”, enfatizou
ele.
Atualmente, uma nova Resolução estabelece uma distancia máxima do meio fio de 40 cm, no teste de rua da baliza. A nova Resolução garante maior aprovação dos alunos nos exames.
Quintino avalia ainda que o maior índice de aprovação para categoria A de veículos de duas ou três rodas é devido muitos candidatos já terem prática antes de direção. “Muitos destes candidatos que tentam CNH para moto são oriundos da zona rural e, na maioria das vezes, já andam de moto. Por isso, apresentam melhor preparação para o exame”, disse ele.
Atualmente, uma nova Resolução estabelece uma distancia máxima do meio fio de 40 cm, no teste de rua da baliza. A nova Resolução garante maior aprovação dos alunos nos exames.
Quintino avalia ainda que o maior índice de aprovação para categoria A de veículos de duas ou três rodas é devido muitos candidatos já terem prática antes de direção. “Muitos destes candidatos que tentam CNH para moto são oriundos da zona rural e, na maioria das vezes, já andam de moto. Por isso, apresentam melhor preparação para o exame”, disse ele.
O
Delegado alerta sobre o risco de pessoas que tentam carteiras facilitadas.
“Nossa regional já cassou várias habilitações falsas.
O risco é muito grande para pessoas que buscam habilitações dessa forma”, finalizou ele.
Por
Hélio de Sousa, no UAI Notícias
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