Aumento do número de veículos, falta de estacionamento, má
sinalização e educação no trânsito são alguns dos maiores problemas.
A população de Minas Novas, Vale do Jequitinhonha, sofre
com o trânsito local, que já não suporta o número de veículos que circulam no
centro da cidade. Com o aumento do poder aquisitivo, que resultou no aumento da
frota de veículos da cidade, aliado à falta de estrutura que a cidade enfrenta,
as principais avenidas da cidade ficam com o trânsito lento, principalmente no
horário de pico, que é o horário que os inúmeros ônibus da zona rural deixam a
cidade e durante o horário comercial.
Por ser uma cidade bicentenária, Minas Novas tem o agravante
de ter avenidas estreitas que em alguns pontos chegam a ser a única ligação
entre bairros, como o caso da Av. Delfim Moreira, que liga o centro ao Bairro Saudade.
Na altura do nº155, em frente ao INSS, no lugar conhecido popularmente como “garganta”
há um estreitamento da avenida, que é a única ligação entre o centro e os novos
bairros da cidade. No carnaval, por exemplo, quando o trio elétrico está próximo
a este local, caso haja a necessidade de prestar socorro a uma pessoa,
infelizmente o atendimento seria prejudicado, em muito, tendo em vista ser esta
a única via que leva ao hospital da cidade.
Há alguns anos a Prefeitura local tenta desviar o fluxo do
centro aos Bairros Becã e Dom Bosco por uma via alternativa, mas o que se vê há
muito tempo é somente a abertura de algumas ruas, mas sem a conclusão definitiva
das obras.
Estacionamento
Outro problema enfrentado é quando se precisa estacionar
no centro da cidade. Ficou tão difícil de estacionar, principalmente em frente
dos comércios, que os próprios comerciantes utilizam de cones em frente ao seu
estabelecimento comercial. Cada coloca uma certa quantidade de cones em frente
ao seu comércio para que este possa realizar a carga e descarga no
estabelecimento, evitando que o próprio cliente o cidadão possa estacionar no
local. Esta é uma prática comum, porém não permitida pela legislação de trânsito.
Segundo
o especialista em trânsito, Sérgio Ejzenberg “Privatizar o espaço publico é irregular
e é punível pela prefeitura”.
Uma solução no centro seria a criação de estacionamento em
diagonal, como realizado em frente à Câmara Municipal recentemente. Onde cabiam
normalmente dois ou três veículos, hoje se estaciona até sete carros. Este
estacionamento seria muito útil em locares como na Praça Sebastião Leme do Prado,
em frente à Prefeitura, já que na parte superior da rua, onde deveria ter fluxo
de veículos, é totalmente impedido para estacionamento, sendo consenso até
mesmo pela polícia militar que ali se pode estacionar. Outros locais como na
Praça Olegário Maciel e Praça Sebastião Leme do Prado (sentido correios),
poderiam receber estacionamento em diagonal.
Melhorias
Uma das melhorias recentemente implantadas pela Prefeitura
foi na própria Avenida Delfim Moreira, do trecho entre a Policlínica Municipal
Domingos Mota e a Matercon, onde ficou permitido o estacionamento em alguns
trechos, fazendo com que sempre haja vagas em pelo menos um dos lados da
avenida. Implantar este tipo de sinalização organizou o fluxo de veículos,
mesmo que diminuindo o número de locais de estacionamento. Falta ainda a conscientização
da população, que persistem em estacionar em locais proibidos.
Eventos
Trânsito quando da realização da Sexta-Cultural |
Outro tumulto que a cidade enfrente é quando da realização
da sexta
cultural. Sempre na primeira sexta-feira de cada mês, quando é realizado o
evento, desde a preparação até o acontecimento da festividade o tráfico na
praça de maior cirulação de veículo fica intransitável, tendo em vista que
neste local se concentra o Correios, Banco do Brasil, Prefeitura, Secretarias
Municipais, Fórum, além do comércio em geral.
Uma das alternativas seria a mudança do local do evento,
que poderia ser transferido para a praça Dr. Badaró, local onde aconteceu o Festival
Vale Cantar, que conta com espaço amplo, com pouco trânsito de veículos, sem
falar no conjunto arquitetônico próximo ao local, como o Sobradão
e Casarão da Família Badaró, que abrilhantaria ainda mais o evento. Outro local
pouco explorado e que seria viável é a Praça da Gruta, que tem boa estrutura,
com palco, espaço amplo e trânsito mais tranqüilo que no centro da cidade. Para
a população minasnovense e de cidades vizinhas, fica a esperança de melhoras
significativas no trânsito local.
2 comentários:
Não é só aí não amigo!
Não me canso de falar sobre isso, pois os governantes deveriam se precaver pois futuramente será bem mais difícil para resolver.
Em 2010 o IBGE fez o censo da frota de veículos de todas as cidades mineiras onde podemos perceber:
Capelinha - pop. 34,803
Frota de veículos - 10.536 (estes, somente os registrados na cidade)
Itamarandiba - pop. 32.175
Frota de Veículos - 8.627 (somente registrados na cidade) - Também sofre como Minas Novas, por ser uma cidade Tricentenária, tem ruas estreitas e pouco estruturadas, congestionamentos estão sendo constantes nos horários de pico.
Minas Novas - pop. 30.794
Frota de Veículos - 4.143 (somente registrados na cidade)
Em 5 anos a frota teve um aumento de:
Capelinha - aprox. 52% ( em 2005 haviam 5.436 veículos)
Itamarandiba - aprox. 54% (em 2005 haviam 4.623 veículos)
Minas Novas - aprox. 46% ( em 2005 haviam 1.880 veículos)
Se o governo não fizer algo para a urbanização adequada nestas cidades, os prejuízos serão muito maiores no futuro, pois atropelamentos e acidentes sempre tendem a crescer com a frota de veículos, ainda mais no rítmo acelerado em que se encontra esse crescimento.
o que precisa são as pessoas andarem menos de carro , é normal trabalharem a 500 metros de casa e irem de carro , deixando o dia inteiro na rua , inclusive tomando sol .E a falta de educação no trânsito é o que mais agrava a situação.Quanto a sexta cultural , só os organizadores é que não perceberam o mal que estão fazendo .
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