Os pais desavisados que leram a manchete do jornal Estado de Minas hoje cedo devem ter se apressado para tirar seus filhos da cama e mandá-los ao colégio. É que o “grande jornal dos mineiros”, o Estado de Minas, se achou no direito de decretar o fim da greve de professores de MG:
Quem se deu ao trabalho de ler a matéria, entendeu que “os professores manteriam a decisão do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) de não retornar e aguardariam a assembleia da categoria, marcada para amanhã” e que, por isso, a greve ainda não acabou. Ou seja, a manchete sensacionalista e interessada do jornal não é condizente com a informação apurada.
O Estado de Minas coloca seu jornalismo a serviço do poder e, assim, ao invés de informar o leitor, o desinforma.
Se os jornalistas e editores do jornal Estado de Minas ainda não perceberam – talvez por não estarem acostumados com os procedimentos democráticos – quem vai ditar os rumos da greve não é o TJMG, nem o Governo de Minas e muito menos a imprensa, mas a assembleia de professores que se realizará amanhã.
A assembleia de professores, e ninguém mais, é que dá a última palavra sobre o retorno das aulas, quer queiram ou não.
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