Movimento estudantil defende campus em cidades do Vale
Nota de Repúdio Prezadas/os conselheiras e conselheiros do CONSU e COSEPE da UFVJM
Nós, estudantes organizados da UFVJM, expressamos por meio dessa nossa indignação frente a proposta verticalizada de expansão dos campi da UFVJM para as regiões noroeste (Unaí) e norte de Minas (Janaúba).
Acreditamos que justamente pela ausência da sociedade civil dos Vales no debate, a proposta não contempla as reais demandas das populações e organizações sociais que historicamente lutaram pela implantação desta Universidade e pelas possibilidades a ela associadas.
Desde a implantação do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades – REUNI temos pautado a necessidade da construção de uma Universidade de fato includente e referenciadas nas particularidades sociopolíticas, culturais e ecológicas da região.
Acreditamos que a iniciativa em curso contrapõe o compromisso assumido pela Universidade e pelo Governo Federal no que tange às iniciativas de desenvolvimento regional. Conforme descrito em nosso estatuto: “A UFVJM caracteriza-se como uma universidade multicmpi, com ênfase de atuação nos Vale do Jequitinhonha e Mucuri” ( Art. 1. parágraafo único, artigo da UFVJM).
Apoiamos a democratização do ensino público e de qualidade. Entendemos, no entanto, que o papel da Universidade no atual momento é a expansão para outros municípios dos Vales, e que qualquer diálogo com o Ministério da Educação deve ser orientado neste sentido. Por tudo isso, rejeitamos veementemente esta expansão desordenada e propomos a abertura de debates/ações que viabilizam a criação de campi nos Vales e envolvimento da UFVJM com a região e seus povos.
Por uma Universidade verdadeiramente dos Vales! Assinam: Grupo Aranã de Agroecologia
Coletivos Estudantes em Movimento/UFVJM
Coletivo Agentes do Vale
Coletivo Retalhos de Fulo
Centro Acadêmico de Agronomia/UFVJM
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil – FEAB
Diretório Central dos Estudantes “Gestão Roda Viva”
1 comentários:
É válida a reivindicação. No entanto, deve-se ponderar uma visão mais abrangente das realidades da educação superior no país. sugiro um engajamento maios em sugerir e propor soluções desse tipo. Talvez Unaí e Janaúba não recebessem campi de universidades públicas em no mínimo 10 anos a frente. É uma oportunidade. É válido o ativismo. Mas minha sugestão é que ele seja consciente e mais panorâmico. Preocupem-se com a educação como um todo, não exclusiva do Vale. Obrigado.
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