quinta-feira, 21 de julho de 2011

PAVIMENTAÇÃO DA BR-367 FICA SÓ NA PROMESSA

As obras de pavimentação da BR-367, que liga o Vale do Jequitinhonha a Belo Horizonte e ao Sul da Bahia, foram iniciadas há 35 anos, mas nunca terminaram. Em visita à região, em fevereiro de 2010, na inauguração de uma barragem em Jenipapo de Minas, a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu que concluiria os cerca de 60 quilômetros da rodovia ainda não pavimentados, divididos em dois trechos. Até hoje, porém, a obra continua sendo uma promessa. Além de trechos em péssimas condições, os motoristas que percorrem a BR-367 enfrentam o perigo em sete pontes de madeira no percurso de terra de entre Almenara e Salto da Divisa. 

Acidente na Ponte Chapada do
Norte-Berilo 
Foto: Osvaldinho Coelho
Os moradores da região reclamam que as denúncias sobre corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) complicaram ainda mais a situação. “A gente estava com a expectativa de que as obras fossem retomadas. Mas, com a confusão no Dnit, tudo voltou para a estaca zero”, lamenta Hélio Amorim Rocha, diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário do Norte de Minas, que mora em Montes Claros, mas usa constantemente a BR-367 para viajar para Almenara, sua terra natal. Segundo ele, a rodovia está parada “por causa da omissão do governo federal”. As obras que faltam para terminar o asfaltamento estão orçadas em R$ 300 milhões, diz Amorim. 

 Ao todo, a rodovia tem cerca de 740 quilômetros, indo até Porto Seguro (BA). A BR-367 começa em Diamantina e está pavimentada num percurso de cerca de 280 quilômetros até Minas Novas. Em seguida, há um trecho de terra de 60 quilômetros até Virgem da Lapa (passando por Chapada do Norte e Berilo). De Virgem da Lapa até Almenara a estrada é asfaltada (passando por Araçuaí, Itinga, Itaobim e Jequitinhonha). Depois, existem mais 60 quilômetros ainda não pavimentados até Salto da Divisa. Campanha em Almenara, a população de 37 mil habitantes iniciou uma campanha de mobilização para o reinício dos serviços da BR-367. 
Promessas do PAC I e II
O valor do convênio foi de R$ 9,7 milhões, devendo o Dnit liberar R$ 7 milhões para o órgão estadual, responsável pelos outros R$ 2,7 milhões. Segundo Nalva, o Dnit teria liberado os recursos, mas o DER-MG não realizou os estudos a tempo e o prazo de vigência terminou. Por isso, a responsabilidade dos trabalhos retornou para o Dnit. Nessa terça-feira, a reportagem tentou, mas não conseguiu contato com os setores responsáveis do Dnit e do DER-MG para obter esclarecimentos a respeito. “Todo o desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha está emperrado por causa da BR-367”, reclama Nalva Reis.

Acidente na Ponte Chapada Do Norte-Berilo
Foto: Osvaldinho Coelho

Sobre o Autor: Bernardo Vieira
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    Bernardo Vieira

    Sou mais um apaixonado pelo Vale do Jequitinhonha e suas riquezas. Venho, através deste blog, tentar expandir a cultura do vale, bem como trazer novidades e coisas úteis em geral. Formado em Administração pela UFLA - Universidade Federal de Lavras e Funcionário Público Estadual (TJMG). contato pelo email: nabeminasnovas@yahoo.com.br ou bernardominasnovas@hotmail.com.

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