Crítica é pelo fato da própria presidente Dilma Rousseff convidar o presidente Venezuelano para o tratamento, num país onde falta tratamento para os próprios cidadãos brasileiros.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aceitou o convite do governo brasileiro para receber tratamento médico contra um câncer no Brasil, afirmou na quinta-feira uma fonte do governo.
Segundo essa fonte, que pediu para não ter o nome revelado, Chávez deve receber tratamento no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mas ainda não há previsão de data, pois isso depende de avaliação médica.
A Venezuela não confirmou imediatamente a informação. Um importante funcionário do governo venezuelano, ao ser consultado sobre se Chávez receberia tratamento no Brasil, disse: "Não sei".
O presidente afirmou na quarta-feira em entrevista ao canal estatal VTV, em Caracas, que talvez precisaria de radioterapia ou quimioterapia para "blindar o corpo dessas células malignas".
O estado de saúde do líder socialista, de 56 anos, tem sido um mistério desde que foi submetido a uma cirurgia em Cuba, em 10 de junho, para a remoção de um tumor cancerígeno.
Chávez não disse exatamente qual a parte de seu corpo está afetada pelo câncer, embora tenha comentado vagamente que foi operado na região pélvica.
A ausência do carismático líder, no poder desde 1999, despertou dúvidas sobre o futuro político da Venezuela e repercutiu na comunidade internacional, forçando Chávez a fazer uma declaração à nação em 30 de junho, quando assumiu em mensagem gravada e transmitida desde Havana que estava com câncer.
O anúncio de que o líder esquerdista tem câncer levantou também interrogações no país de 29 milhões de habitantes sobre sua capacidade para concorrer à reeleição em 2012.
Aparentemente mais magro, ele voltou de surpresa à Venezuela na madrugada de 4 de julho para participar das comemorações do bicentenário da independência venezuelana da Espanha, uma maneira de reafirmar que continuava à frente do governo, embora com um ritmo de atividades reduzido.
Não é a primeira vez que um presidente estrangeiro é submetido a tratamento contra o câncer no Brasil.
Em agosto do ano passado, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, deu início a seis sessões de quimioterapia para tratar um linfoma não-Hodgkin com envolvimento ósseo, que teve remissão completa depois de quatro meses de tratamento no hospital Sírio-Libanês.
Também neste hospital, foram submetidos a tratamentos contra o câncer a presidente Dilma Rousseff e o ex-vice-presidente José Alencar.
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